Artigo: retorno de Lula ao jogo político fez Bolsonaro entrar em polvorosa


Um dos assuntos de destaque do mês foi o reconhecimento, pela 2ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF), da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 3, dos 5 ministros que compõem o colegiado, consideraram que o então magistrado foi parcial ao julgar as acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro referentes ao caso do triplex em Guarujá (SP) que pesavam contra o petista.

Com a decisão, o processo terá de ser reiniciado do zero e as condenações contra o ex-presidente ficam anuladas. Isso significa que, se quiser, Lula poderá concorrer novamente à presidência da República. Tão somente essa possibilidade fez todo o jogo político se alterar e ligou o sinal de alerta do atual chefe de Estado Jair Bolsonaro (sem partido).

Ao saber da notícia, Lula fez um discurso a seus apoiadores. Em síntese, o petista disse o que faria diante da pandemia do novo coronavírus caso fosse o presidente. Apenas isso fez com que Bolsonaro, opositor declarado do principal fundador do PT, passasse a usar máscaras, defender a vacinação em massa da população e adotou uma mudança drástica de comportamento, um discurso bem mais ameno e conciliador. Em seu pronunciamento, transmitido em cadeia nacional no último dia 23 de março, Bolsonaro afirmou que 2021 será “o ano da vacinação dos brasileiros”.

“Muito em breve, retomaremos nossa vida normal. Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em sua família. Que Deus conforte seus corações!”, afirmou o presidente.

Na gestão, Lula disse que criaria um comitê de crise para o enfrentamento à Covid-19. Assim fez Bolsonaro, igual como sugerido por Lula. O “Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19″ foi criado com representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, para conter os impactos da pandemia no Brasil.

Sem dúvidas, a decisão de revisão do processo de Lula fez com que Bolsonaro acordasse e tentasse rever seus erros na gestão do combate à pandemia. E a minha torcida é que, dessa vez, o ex-presidente tenha um julgamento justo e imparcial e tenhamos um Judiciário confiável, assim como merecem os brasileiros.

fonte:

Raimundo de Sousa

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