Banco Central diz que valorização de imóveis desacelera no país

Relatório divulgado nesta quarta-feira (3) pelo Banco Central mostra que a valorização de imóveis residenciais no Brasil está em desaceleração e caminha para uma estabilidade. Nos últimos 12 meses até janeiro de 2013, essa valorização foi de cerca de 3%, de acordo com a autoridade monetária.

Valor de imóveis deve seguir tendência dos juros e cair ainda mais
Valor de imóveis deve seguir tendência dos juros e cair ainda mais (Foto: Divulgação NP)

O levantamento tem como base o valor da garantia nas operações de crédito imobiliário, ou seja, o preço do imóvel estimado pelos bancos na hora de conceder financiamento para a sua compra, nas principais regiões metropolitanas do país.

Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira, houve um ciclo de valorização dos imóveis no país a partir de meados de 2005 e que atingiu seu pico entre meados de 2009 e início de 2011. Ao longo desse período de aproximadamente um ano e meio, o preço de casas e apartamentos aumentou a taxas anuais de quase 20%.

Esse movimento, de acordo com o Banco Central, foi resultado de maior facilidade de acesso ao crédito imobiliário, além de redução nas taxas de juros desses financiamentos e aumento da renda dos brasileiros. Tudo isso levou a uma alta na demanda por imóveis e, consequentemente, os preços dispararam.

Ainda de acordo com o BC, a partir do início de 2011 a taxa de valorização começa a cair e, nos últimos 12 meses até janeiro de 2013, ela ficou, na média, em 3% ao ano. De acordo com o diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, essa desaceleração aponta para um equilíbrio entre a oferta e procura no mercado.

Meirelles afirmou ainda que o levantamento mostra que não há bolha no mercado imobiliário brasileiro e, consequentemente, não há risco para as instituições financeiras que financiam os imóveis.

“O preço dos imóveis no Brasil era historicamente baixo e houve uma correção. Agora, essa valorização se acomodou e está crescendo em patamar sustentável”, disse Meirelles.

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