EUA insistem que acordo de segurança com Afeganistão saia em 2013

O governo dos Estados Unidos afirmou nesta sexta-feira (22/11) que o acordo de segurança com o Afeganistão deve ser imperativamente assinado antes que 2013 termine, caso contrário será impossível planejar uma presença militar americana depois de 2014.

“Dizemos há tempos que temos de conseguir um acordo de segurança bilateral este ano”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, enquanto que Cabul quer promulgá-lo logo depois da eleição presidencial de abril de 2014.

“Dissemos claramente que era imperativo fazer isso o quanto antes possível, e que um maior atraso não era prático nem poderia ser contemplado”, insistiu Carney .

“Os Estados Unidos necessitam de tempo para planejar uma possível missão militar com nossos aliados da Otan”, explicou.

A presidência afegã reafirmou nesta sexta-feira que o tratado de segurança em discussão com os Estados Unidos será promulgado após as eleições presidenciais de abril de 2014, apesar da insistência de Washington para a assinatura até o fim do ano.
“Para a promulgação do tratado é essencial que as eleições aconteçam em um clima de paz e segurança”, declarou à AFP Aimal Faizi, porta-voz do presidente afegão Hamid Karzai.

Após meses de duras negociações, Cabul e Washington concordaram esta semana com os termos de um Tratado Bilateral de Segurança (BSA, na sigla em inglês), que determinará a modalidade de uma possível presença militar estrangeira no Afeganistão após a retirada das tropas internacionais prevista para o fim de 2014.

Dos 75.000 soldados estrangeiros presentes atualmente no Afeganistão, Cabul destacou na sexta-feira que entre 10.000 e 15.000 poderão permanecer após a saída das forças da Isaf, a missão da Otan no Afeganistão, liderada pelos Estados Unidos e que apoia o frágil governo de Karzai.

Desde quinta-feira, a Loya Jirga, a grande assembleia tradicional afegã, se reúne em Cabul para debater o acordo, sobre o qual se pronunciará no domingo.

“Esperemos para ver o que decide a Loya Jirga sobre este documento. Se aprovar, será assinado após as eleições, como disse o presidente”, destacou Faizi.

A possível moratória incomodou Washington, que pediu o “avanço o mais rápido possível para assinar o acordo”.

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