Líder de seita em GO oferece o próprio sêmem como “sagrado” aos fiéis

A Polícia Civil do Goiás está investigando o líder de uma seita que promovia sessões de sexo grupal, dopando pessoas. Diego Augusto Morais é acusado de oferecer o próprio sêmen como se fosse uma bebida sagrada, na entidade conhecida, em Goiânia, como “Essenium”. Os crimes de estelionato e lavagem de dinheiro estão entre as denúncias contra o homem, que é chamado pelos seus seguidores de “mestre”.

Com a promessa de ser o “instituto de inteligência universal”, Diego organizou e convenceu centenas de pessoas a seguirem a ideologia. Como o delegado Isaías Pinheiro informou ao G1, o líder espiritual começou a ser investigado no último dia 14 de março, quando pais de jovens que participam da seita procuraram a Central de Flagrantes da capital.

“Eles disseram que os filhos foram vítimas de abuso sexual na entidade. Desde então, já ouvimos testemunhas e alguns participantes, que relataram sobre os crimes cometidos por Diego”, contou. Pinheiro diz que, o relato de distribuição de sêmen chocou a polícia.

“Temos informação que mais de 100 pessoas participam da seita. Destas, o Diego selecionou cerca de 30, que participavam de uma divisão secreta, chamada de Kether. Eram na maioria jovens do sexo masculino, sendo que temos a confirmação da participação de apenas uma jovem. Essas pessoas recebiam o sêmen do líder em copinhos plásticos ou mesmo direto da fonte, por sexo oral. Mas ressalto que não eram todos os participantes da seita, apenas os integrantes do grupo seleto”, explicou o delegado.

Ao fazer uma busca no local a polícia encontrou uma substância que aparenta ser sonífero. O laudo para a confirmação ainda é aguardado. A suspeita é que durante as sessões de sexo grupal muitas pessoas eram dopadas. Uma das participantes confirma que era usado técnicas de hipnose nos encontros e diz que tudo era consensual.

Uma das casas em que aconteciam os encontros dos “Essenium”

Duas idosas que participaram da seita afirmam que foram convencidas de “emprestar” os dados pessoas para que Diego alugasse imóveis. Após alguns meses descobriram estar devendo cerca R$ 200 mil reais, das locações que não foram pagas. Os integrantes ainda eram convencidos de participar de esquemas financeiros em pirâmides, conhecido como mandala. Esse dinheiro bancava os gastos das casas e a vida de luxo ostentada por Diego, que frequenta baladas caras na capital goiana, além de fazer diversas viagens internacionais.

Após o início das investigações, as sedes do grupo foram desativadas. Mas a polícia alerta que os encontros ainda acontecem nas casas dos participantes do grupo. “Ele (Diego) continua praticando os crimes e, infelizmente, enganando muita gente. Continuamos em diligências para que ele responda por todos esses atos ilícitos que vem praticando há pelo menos três anos”, concluiu o delegado.

fonte:

Metrópoles

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