MPDFT denuncia vizinho acusado de matar pai e filho no Jardim Botânico
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) protocolou, nesta terça-feira (19/12), denúncia contra Roney Ramalho Sereno pelo assassinato de Anderson Ferreira de Aguiar e de Rafael Macedo de Aguiar, pai e filho, respectivamente. O crime aconteceu no fim da noite de 8 de dezembro, quando, após uma discussão entre vizinhos, o acusado atirou contra as vítimas, que estavam na porta de casa, no Condomínio Estância Quinta da Alvorada, Jardim Botânico.
No documento, o MP alega que Roney agiu por motivo torpe e de modo a dificultar a defesa das vítimas, que foram surpeendidas enquanto pegavam o carro para sair de casa. O acusado foi denunciado por homicídio duplamente qualificado e também por ameaça de morte a João Victor Inocêncio Macedo de Aguiar e Ana Karina de Macedo Matos de Aguiar, integrantes da mesma família.
Procurada pela reportagem, Ana Karina, mulher de Anderson, disse estar satisfeita com a ação do MP. “É a denúncia que nós esperávamos e acredito que a Justiça não vai afrouxar na punição. Do contrário, não estaria exercendo a função dela.”
O Correio entrou em contato com a defesa de Roney, mas, até a última atualização desta reportagem, o advogado não se pronunciou sobre a denúncia.
Suspeito preso em bar
Após o crime, Roney fugiu de casa, mas foi encontrado em um bar por uma equipe do Grupo Tático Operacional 41 (Gtop 41), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e encaminhado à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
O acusado trabalhava como segurança no Ministério Público Federal (MPF) e era membro da Federação Brasiliense de Tiro Esportivo (FBTE). Na casa dele, a polícia encontrou mais de 30 mil munições de calibres variados, pistolas a espingardas, além de apetrechos para produção e recarga de balas.
Anderson Ferreira, 49 anos, era funcionário da Presidência da República e morreu na hora. Rafael Macedo, 21, chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Roney cumpre prisão preventiva na Papuda. Se condenado, ele pode receber uma pena superior a 60 anos de prisão.