Coreia do Norte aceita discutir reunião de famílias separadas pela guerra
A Coreia do Norte deu sua aprovação nesta segunda-feira para as negociações sobre a organização de novas reuniões de famílias separadas pela guerra, anunciou o Ministério da Unificação sul-coreano.
Pyongyang está disposta a participar destas negociações, na quarta ou quinta-feira, na cidade fronteiriça de Panmunjom, onde em 1953 foi assinado o armistício entre as duas Coreias.
“Comemoramos que o Norte tenha finalmente aceitado discutir as reuniões” de família, declarou o porta-voz ministerial, Kim Eui-Do, em um encontro com a imprensa.
“Levando-se em conta a urgência, vamos começar os preparativos para permitir estas reuniões o mais rápido possível”, acrescentou o funcionário.
Em setembro, Pyongyang cancelou no último minuto as reuniões previstas entre membros de famílias separadas desde a guerra na península asiática (1950-1953), amparando sua negativa na hostilidade de Seul.
Estes seriam os primeiros encontros realizados nos últimos três anos. Sob a égide da Cruz Vermelha Internacional, desde 2000 muitos familiares separados puderam compartilhar alguns dias juntos depois de décadas sem se ver.
Cerca de 17.000 coreanos, do Sul e do Norte, puderam, desta maneira, abraçar um filho, uma irmã ou um pai, depois de um longo tempo afastados. Não está autorizada a comunicação postal ou telefônica entre os dois países.
Na realidade, milhares de coreanos estavam de um lado ou do outro da fronteira após a guerra, e a maioria morreu sem voltar a encontrar seus parentes.
O número de pessoas que esperam, do lado sul-coreano, para ver seus parentes chega a 71.000, metade delas com mais de 80 anos.
Na semana passada, a Coreia do Sul propôs organizar estas reuniões entre 17 e 21 de fevereiro, que seriam realizadas na estação montanhosa de Kumgang, no Norte.
Uma centena de pessoas espera poder participar das mesmas. (Por: AFP)