Venezuela e Palestina assinaram acordo de cooperação para o envio de diesel

Venezuela e Palestina assinaram um acordo de cooperação para o envio de diesel venezuelano para o território do Oriente Médio durante uma visita do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahumoud Abbas, a Caracas. Segundo o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, “nasceu a Petro-Palestina”.

Nicolás Maduro e Mahmud Abbas criam a Petropalestina (AP)
Nicolás Maduro e Mahmud Abbas criam a Petropalestina (AP)

O termo citado por Maduro se refere à Petro-Caribe, uma união de preços subsidiados de petróleo venezuelano entre países das Américas. O palestino quer também status de observador em três fóruns regionais: União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Comunidade Latino-Americana e Caribenha de Estados (Celac) e Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América (Alba).

Além do acordo que prevê um primeiro envio de 240 mil barris de diesel para a Palestina, os dois líderes assinaram também um convenção bilateral para evitar evasão de divisas.

“A causa Palestina é uma causa mundial. O contrato é para o abastecimento de diesel que esse país necessita. Nasceu a Petro-Palestina, como parte da aliança entre Venezuela e Palestina. Vamos consolidá-la” disse Maduro.

Abbas chega à Venezuela fortalecido por um acordo com o principal grupo palestino rival, o Hamas. Em novembro de 2012 a Palestina ganhou status de observador nas Nações Unidas com apoio da Venezuela e de quase todos os países do mundo, com principal oposição dos EUA e de Israel.

“Agradecemos a Venezuela por apoiar a Palestina e romper o monopólio de Israel sobre nossa economia. Obrigado à Venezuela pela sua resposta às nossas necessidades, por sua disposição de seguir prestando mais apoio ao povo palestino em sua luta” disse Abbas em Caracas.

A busca por status de observador de blocos regionais faz parte de um esforço diplomático do território palestino. Em março, Abbas assinou ao menos cinco convenções com as Nações Unidas – como o banimento de tortura, discriminação racial e proteção dos direitos de minorias.

Israel suspendeu as negociações de paz com a Palestina há algumas semanas alegando que o acordo com o Hamas e a assinatura unilateral de convenções internacionais demonstrava a falta de compromisso dos palestinos .

Os palestinos afirmam que vão se unir à ONU em seus 63 tratados. (Agência O Globo)

 

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