Pesquisa revela que no DF 33% denunciam práticas racistas

Foram ouvidas 1.017 pessoas , 59% dos entrevistados admitiram que já presenciaram atos racistas.

racismo

.Um questionário aplicado no período da Copa do Mundo, que faz parte da campanha DF por uma Copa sem Racismo, mostrou que 33% das pessoas que presenciam ou sofrem racismo no Distrito Federal denunciam. Foram 1.017 questionários preenchidos, por 589 mulheres e 428 homens, entre 16 e 60 anos. Dos entrevistados, 29% se consideram pretos, 45%, pardos, 20%, brancos, 4%, amarelos e 1%, indígenas.

A pesquisa abordou indivíduos aleatoriamente em cinco pontos no DF: Aeroporto, Box na Torre de TV, Rodoviária do Plano Piloto, Rodoviária Interestadual e FIFA Fan Fest. Do total, 29% declararam ter conhecimento da existência do Disque Racismo. A análise revela, ainda, que 59% das pessoas já presenciaram um ato racista, e 36% já sofreram racismo.

Na pesquisa, 4% se declararam racistas contra 94% que asseguraram que não são racistas, e 2% que omitiram a resposta. Além dos questionários, a campanha ainda incluiu a distribuição de 100 mil folders e faixas, banners e cartazes pelas regiões administrativas.

Outra ação que envolveu o público foram as apresentações de Flash Mobs, em que artistas atraíram brasilienses e visitantes, através de situações do cotidiano, para relatar o que é o racismo, as penalidades que sofrem os autores desse crime e a importância de defender a igualdade entre as etnias.

A campanha também contou com o apoio de observadores que analisaram situações de práticas de racismo e discriminações raciais.

Para o secretário-Interino da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial, José Alves da Silva, “a campanha ‘DF por uma Copa sem Racismo’ foi importante para prevenir e inibir o preconceito racial no período dos eventos esportivos, e estar nos pontos de maior circulação de pessoas conscientizando sobre o racismo resultou que esse crime fosse evitado”.

“Agora nosso trabalho continua, as informações mensuradas serão utilizadas como base para o enfrentamento ao racismo e à promoção de políticas públicas em prol da igualdade racial”, destacou.

(editado por: André L.S)

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