GAMA COMEMORA SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Em comemoração à Semana da Consciência Negra, a Administração Regional do Gama-DF, em parceria com o Movimento Afrodescendente de Brasília (MADEB), promoveu, sexta-feira, 21, a quarta edição da Mostra Cultural Afro-brasileira do Gama-DF. Neste ano, o tema foi: “Igualdade é para todos os povos”. O evento foi realizado em frente à Administração com tendas, apresentações culturais, exposições pedagógicas, roda de capoeira, tambores do grupo cultural Asé Dudu, professores e alunos da rede pública, artistas locais e membros da comunidade.
De acordo com o presidente do Madeb, Rui Perpétuo Gomes, o evento mostra a verdadeira história da Africa, em respeito à Lei 10.639/03, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana. De tal maneira, o evento tem por objetivo ressaltar a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. “O Gama-DF é pioneiro na realização desse evento. O administrador, Adauto Rodrigues, foi o primeiro administrador do DF a abrir espaço para essa atividade. Neste ano, o evento foi um pouco menor, porém com o mesmo brilho”, explicou Rui Perpétuo.
Representando as religiões de matriz africana, um dos idealizadores do evento, o babalorixá Antônio de Oxalá, da Sociedade Beneficente Luz Divina, falou a respeito da importância da inserção da cultura africana na sociedade. “Há 12 anos, nós trabalhamos no Gama-DF regatando a história do Brasil, construída pelas comunidades Afro-descendentes. Há quatro anos nós firmamos uma parceria com a Administração, o MADEB e a DRE (Diretoria Regional de Ensino) para que pudéssemos dar continuidade a este evento. Com o nosso trabalho, nós conseguimos tirar a cidade do Gama-DF do 1º lugar no ranking da discriminação racial”, afirmou o religioso.
Cultura Afro-Brasileira nas escolas públicas
O trabalho da diversidade étnico-racial nas escolas públicas do DF tem por objetivo colocar em prática as diretrizes da Lei 10.639/03. De acordo com o professor e coordenador intermediário de diversidade e direitos humanos, Cleison Leite Ferreira, faz-se necessário levar em consideração o fato de que o Brasil é o segundo país do mundo em número de afrodescendentes. “O Brasil é uma nação negra. De tal maneira é fundamental trabalhar a questão do negro em nosso sociedade. Principalmente, levando-se em conta que o nós ainda possuímos um sistema que exclui o negro da nossa sociedade. O papel do ensino é trabalhar essa conscientização”, explicou o professor. Segundo ele, todas as escolas foram convidadas a expor seus trabalhos no evento.
(Fonte: Ascom – ADM Gama/Flavio Leite) Edição de André Silva