Marconi MP inocentado
O Conselho Superior do Ministério Público, reunido na tarde de ontem, decidiu arquivar a investigação que existia sobre supostas relações do governador Marconi Perillo com Carlinhos Cachoeira. O inquérito havia sido instaurado, ainda em 2012, após a deflagração da Operação Monte Carlo, por ato do Procurador-Geral de Justiça.
O atual procurador-geral, Lauro Machado Nogueira, que tem atribuição privativa para investigar atos do governador, delegou ao sub-procurador-geral, Spiridon Nicofotis Ayfantis, a função de presidir as investigações. De posse das cópias do inquérito feito pela Polícia Federal e enviado pelo Superior Tribunal de Justiça o sub-procurador-geral conduziu os levantamentos e deixou de indicar Marconi Perillo por “falta de provas” de seu envolvimento com qualquer ato ilícito.
Por se tratar de pedido de arquivamento de investigação o sub-procurador precisou submeter sua decisão ao Conselho Superior do MP, como se fosse um procedimento para que o órgão colegiado avalizasse sua opção pelo arquivamento. Ao retornar a instância superior o procedimento foi distribuído para a procuradora de Justiça Ana Cristina Ribeiro Peternella França, a quem coube relatar o processo no Conselho.
Os fundamentos da Procuradora foram no sentido de que o governador Marconi Perillo não teve provada qualquer relação com os atos imputados de ilegais e descritos no relatório da Operação Monte Carlo. Por se tratar de interceptação de conversas telefônicas e quebra de sigilo bancário as provas precisaram ser mantidas no sigilo, o que foi determinante para a sessão do Conselho Superior ter sido secreta no julgamento do caso envolvendo o governador Marconi Perillo.
Anulação
Inicialmente o Ministério Público havia interpretado possível relação imprópria do governador envolvendo a venda de sua casa, no Condomínio Alphaville, para o empresário do ramo de Educação, Walter Paulo Santiago, e que teria sido intermediada pelo empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Nas investigações do MP não restaram provadas relações do governador com o suposto esquema de Cachoeira, o que ensejou o arquivamento do inquérito.
Detalhes do julgamento no Conselho Superior do Ministério Público serão divulgadas, hoje, pelo procurador-geral de Justiça, Lauro Machado Nogueira.