Pagamento dos salários pelo GDF sairá primeiro para a Saúde

Governador decide depositar neste sábado (10/1) os salários dos funcionários da área para evitar problemas de atendimento à população. Já os servidores da educação receberão no dia 14

Gisno, na 707/907 Norte. Cercas quebradas e mato alto
Gisno, na 707/907 Norte. Cercas quebradas e mato alto

O Governo do Distrito Federal (GDF) prometeu que o salário dos mais de 47 mil servidores ativos e inativos da Secretaria da Saúde estará na conta dos trabalhadores amanhã pela manhã. O montante, relativo a dezembro e que não foi pago com o restante da folha do GDF, é de quase R$ 520 milhões. O compromisso foi firmado ontem pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Sem dinheiro suficiente para pagar a todos, ele optou por destinar o valor já recebido ao pagamento dos servidores da saúde. Os funcionários da área de educação vão receber depois.

“Tivemos que fazer uma escolha difícil, em função da urgência da questão da saúde. Amanhã (hoje) à noite, estaremos fazendo o pagamento. Estará à disposição dos servidores a partir de sábado pela manhã”, justificou o governador, ontem à tarde, na sede da Secretaria de Saúde, na Asa Norte.

O pagamento da folha de dezembro da saúde ocorrerá graças ao depósito do restante dos recursos do Fundo Constitucional do DF — cerca de R$ 600 milhões. Enquanto a promessa de ajuda do governo federal não chega (leia mais na coluna Brasília-DF, na página 4), o repasse de R$ 547,2 milhões para arcar com os salários de 62,6 mil professores e demais funcionários do setor ficou para 14 de janeiro, quando já devem estar em caixa recursos provenientes de arrecadação tributária.

Quanto aos salários atrasados de novembro de 2014 das duas áreas — além de férias e 13º —, não existe previsão. O mesmo ocorre em relação aos terceirizados. “O dinheiro que existe é insuficiente para pagar todos os débitos. O governador já disse que a prioridade é pagar salários”, salientou o secretário-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle.

Ed Alves/CB/D.A Press
Caseb, na 909 Sul. Paredes mofadas
Rollemberg responsabiliza a administração Agnelo Queiroz (PT), que lhe passou o cargo em 1º de janeiro com um deficit histórico, pelos atrasos nos pagamentos. “Lamentamos essa situação deixada pelo governo anterior. É importante ressaltar que estamos pagando o salário de dezembro. E recebemos o caixa do DF com R$ 64 mil. E com uma dívida já identificada de mais de R$ 3 bilhões”, justificou Rollemberg.
(Fonte: Correio Braziliense – Almiro Marcos , Roberta Pinheiro , Camila Costa) edição de André Silva

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