Rússia prepara injeção de 18 bilhões de euros na economia
O governo russo prepara um plano de apoio à economia avaliado em 18 bilhões de euros para limitar os efeitos da crise atual sobre as empresas e a população, anunciou nesta quarta-feira o vice-primeiro-ministro Igor Chuvalov.
“Este plano precisa de recursos significativos”, disse Chuvalov, citado por agências de notícias russas. “O governo financiará medidas de 1,3 trilhão de rublos (18 bilhões de euros).
O plano de apoio foi conhecido em uma reunião convocada e dirigida pelo presidente russo, Vladimir Putin.
A Rússia se prepara para uma forte recessão neste ano, consequência das sanções relacionadas com a crise ucraniana e com a queda dos preços do petróleo, principal fonte de receitas do país, junto com o gás.
Chuvalov disse que há algumas medidas preparadas, mas que elas precisam ser ajustadas.
De acordo com o número dois do governo, uma parte dos fundos virá diretamente do orçamento federal, e o resto de créditos com garantias públicas e das reservas acumuladas nos últimos anos com uma parte das receitas procedentes da venda dos hidrocarbonetos.
Segundo a imprensa russa, a versão atual do plano compreende algumas medidas para apoiar a produção nacional, favorecer as exportações que não sejam hidrocarbonetos, apoiar as pequenas e médias empresas, ajudar o setor agrícola e a indústria manufatureira. O projeto prevê também medidas sociais destinadas sobretudo aos aposentados.
Este plano, realizado pelo ministério da Economia, foi objeto nos últimos dias de muitas modificações, sobretudo pelo ministério da Economia preocupado pelos recursos.
“Temos que cumprir nossas obrigações sociais”, disse Putin. “Ao mesmo tempo, temos que falar do que vamos fazer para os setores da economia e a economia em seu conjunto”, completou o chefe de Estado.
Vladimir Putin garantiu que as autoridades russas aplicarão “exclusivamente” medidas que entram na “lógica da economia de mercado”.
Chuvalov também anunciou que serão criadas comissões encarregadas de lutar contra a crise em todas as regiões da Rússia antes de 16 de fevereiro. (AFP)