Lojistas do DF repudiam atos de vandalismo em protestos

Na mira dos manifestantes, o comércio local, agora, coleciona prejuízos depois do ato que atacou boa parte da Esplanada dos Ministérios e depredou prédios na Asa Norte, na última terça- feira. Em nota de repúdio, a Câmara de Dirigentes Lojistas do DF (CDL) lamentou o ocorrido e avaliou os estragos.
Entre os estabelecimentos mais afetados, uma concessionária da Citroën, na 502 Norte, calculou perda de R$ 30 mil em produtos até o momento. No total, foram 27 carros danificados, além das vidraças da loja. “Ainda estamos levantando o prejuízo absoluto. A maior parte dos veículos estava do lado de fora da concessionária. Eles tiveram os vidros quebrados e ficaram com a lataria estragada. Dez vidraças também ficaram rachadas ou com buracos. A loja estava repleta de pedras”, detalhou o diretor Orlando Arrifano.
Segundo ele, não havia clientes no momento do ataque e nenhum dos seis funcionários ficou machucado. “Ficamos acuados. A polícia agiu de maneira rápida, mas, em seguida, outro grupo, com cerca de 200 a 300 manifestantes, voltou a depredar tudo. Depois disso, tivemos que fechar”, relatou o diretor.
Revoltado, Arrifano desabafou sobre o ato. “Eles não vieram protestar pacificamente. Vieram preparados, armados, prontos para destruir. Não estavam para brincadeira. Não por acaso estavam todos encapuzados”, lamentou.
Alerta
O ato deixou toda a cidade em estado de alerta, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas do DF, que ainda manifestou preocupação. “A manifestação contra a PEC 55, que caminhava para a Esplanada dos Ministérios, transformou o centro de Brasília num verdadeiro caos. Lojas e prédios foram depredados, além dos danos incontáveis ao patrimônio público e privado”, ressaltou o presidente da CDL, Álvaro Silveira Júnior, por meio de nota.
A instituição cobra das autoridades governamentais segurança e esclarecimentos rápidos e efetivos à população. “Todo o varejo está com receio de abrir suas lojas e diversos funcionários com medo de ir ao trabalho e até caminhar na rua”, completou Silveira.
De acordo com ele, o clima de segurança na cidade precisa ser estabelecido novamente o mais rápido possível para que todos voltem a vida normal.
“Qualquer manifestação é válida, porém, com ordem e decência para que haja respeito mútuo. Cidadão e governo devem estar em pleno diálogo para evitar desordem e quebra-quebra”, concluiu.
