Polícia Federal apura fraudes no programa Bolsa Atleta no DF
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (18), em Brasília, a Operação Havana, que visa cumprir seis mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva contra envolvidos em um suposto esquema de desvio de recursos do Programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte.
A operação é motivada por suspeitas de que uma quadrilha estaria usando dados de esportistas fantasmas para conseguir liberação de recursos. Pelo menos R$ 810 mil terial sido pagos indevidamente a 25 atletas falsos. Em valores atualizados, o prejuízo chega a R$ 1 milhão. O esquema ocorreu em 2012. Alguns dos acusados, inclusive, eram cadastrados como atletas de alto rendimento e nível olímpico.
Mais cedo, policiais cumpriram mandado no bar Versão Brasileira, na 204 Sul, por suspeitas de que o dinheiro desviado tenha servido para abrir o estabelecimento. O Jornal de Brasília procurou o bar e um funcionário informou que os proprietários estão fora de Brasília. Ele não soube passar detalhes do que teria ocorrido. A PF não deu nomes dos investigados, mas afirmou haver indícios de envolvimento de mais pessoas, além das já investigadas.
O nome da operação se deve ao fato de que o líder e alguns membros da associação criminosa são brasileiros nascidos em Cuba.
O Bolsa Atleta é um incentivo do governo brasileiro a atletas de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade. O programa garante condições mínimas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.