Aplicativo de transporte exclusivo para mulheres desembarca no DF

As ruas do Distrito Federal ganharam uma novidade. O primeiro aplicativo de transporte destinado a motoristas e passageiras mulheres desembarca na capital federal. O FemiTaxi, como é chamado, existe desde 2016 e passa a ter Brasília como uma das sete cidades participantes. A lista ainda inclui São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Santos e Goiânia.

A ideia de trazer o app – que já está em funcionamento – para o DF partiu da empresária Adriana Falcomer, 47 anos. Segundo ela, a falta de segurança enfrentada por usuárias de outros serviços foi o motivo principal para apostar na iniciativa.

“A proposta é ser um serviço que oferece segurança. Tenho filha e amigas que já sofreram constrangimentos ao usar outros aplicativos. Já que não posso oferecer segurança para todos, vou oferecer ao menos para as mulheres”, explica.

A primeira profissional brasiliense a aderir à ideia foi Fabiana Martins, 33 anos, que viu no app uma oportunidade de conseguir renda extra. “Trabalhava como auxiliar administrativa, mas fiquei desempregada há pouco tempo e decidi virar motorista. Vi uma saída para melhorar minha situação.”

Responsável pela primeira corrida do DF, Fabiana diz que o projeto é uma maneira mais segura de locomoção e trabalho para as mulheres. “Quando as clientes veem que quem está dirigindo o carro é uma mulher, sentem-se mais confortáveis. Já soube de passageiras que sofreram constrangimentos. É uma forma de deixá-las mais tranquilas.”

Motoristas cadastradas
Atualmente, já são mais de 40 mil usuárias e 1,5 mil profissionais espalhadas pelo país. Só no DF, a novidade despertou o interesse de pelo menos 320 motoristas e já foi baixado por mais de 2 mil pessoas.

Para se cadastrar, a motorista deve baixar o FemiTaxi – Motorista, preencher os dados e enviar documentação e foto do veículo. O download é gratuito e pode ser feito nos sistemas iOS e Android.

Violência
A ideia do aplicativo é evitar a repetição de casos que assustaram a população do DF. Em junho do ano passado, por exemplo, um motorista de Uber foi acusado de estuprar uma adolescente de 16 anos em Vicente Pires.

Segundo o testemunho de uma amiga da vítima, que tinha saído do veículo pouco antes do crime para urinar, o condutor teria aproveitado que a jovem estava desacordada para praticar o crime. Quando a amiga voltou ao veículo, viu o motorista com as calças abaixadas e o vestido da amiga levantado.

No mesmo ano, a polícia prendeu outro funcionário do Uber, em Goiânia, acusado de estupro. De acordo com a polícia, Alexandre Rodrigues de Sousa, 41 anos, abordava as vítimas na saída de shows e boates.

fonte:

Metrópoles

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