Grupo chefiado por auxiliar de limpeza vendia armas de até R$ 12 mil

A Polícia Civil do DF deflagrou, na manhã desta terça-feira (16/10), megaoperação para tirar de circulação grupo criminoso especializado na comercialização ilegal de armas de fogo e munições, de diversos modelos, marcas e calibres, inclusive de uso restrito.

Os equipamentos eram vendidos por valores entre R$ 1,5 mil e 12 mil. Os policiais encontraram com a organização criminosa uma munição que parece ser de canhão e uma pistola .40, de uso restrito, fabricada na República Tcheca.

Dos 26 mandados de prisão expedidos pela Justiça, 24 foram cumpridos. Duas pessoas seguem foragidas. Além dos investigados, os policiais prenderam outras duas em flagrante. Elas estavam com carro roubado e munições. A investigação é da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) e teve início em março deste ano.

De acordo com os investigadores, as armas eram vendidas para traficantes e homicidas. A polícia conseguiu identificar assassinatos cometidos com os equipamentos comercializados pelo grupo. O líder da organização, ainda segundo os policiais, é um auxiliar de limpeza, identificado como Itamar Cortes de Oliveira. Ele morava no Lago Norte e tinha três carros, um deles, um Honda City. O patrimônio era incompatível com a renda do acusado.

“Esse crime alimenta e financia outros delitos. Fomentando ainda mais a violência no Distrito Federal”, disse o delegado Guilherme de Sousa, da Corpatri. O que chamou atenção da polícia foi a participação de um bancário, que tem alto conhecimento em armamento. Ele avaliava e fazia a seleção do material para o grupo, fixando os preços. Já o armeiro, que também foi preso durante a operação, consertava, preparava e armazenava os equipamentos.

As armas vinham do exterior e da Bahia. Eram vendidas até mesmo em frente a uma escola, no Paranoá. E, conforme informações dos investigadores, há participação de vigilantes no esquema. Eles também comercializavam o armamento.

A polícia prendeu ainda motoristas de aplicativo, de frete e caminhoneiros. Esse grupo era responsável por transportar as armas. A quadrilha se divide em homens com passagens pela polícia e réus primários.

Os mandados foram cumpridos em diversas regiões administrativas, entre elas, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires, Santa Maria, Planaltina, Sobradinho, Itapoã, Paranoá, Lago Norte e Águas Lindas (GO), Entorno do DF.

Foram identificaras 49 transações feitas pelo grupo furante o período de investigação. Os suspeitos responderão pela prática dos crimes de organização criminosa (3 a 8 anos de reclusão), comércio ilegal de arma de fogo (4 a 8 anos de reclusão) e posse ilegal de arma (3 a 6 anos de reclusão), considerado crime hediondo. A operação foi batizada de Gaston e mobilizou 180 policiais.

 

 

fonte:

Metrópoles

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