Preso grupo que invadia terras públicas e vendia lotes
A Polícia Civil deflagrou na madrugada desta terça-feira (23/10) uma operação que impediu um lucro de quase R$ 10 milhões com grilagem de terras em Águas Claras. A Operação Terra Legal foi conduzida pela Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) e cumpriu sete mandados de busca e apreensão domiciliar, colhendo provas e encontrando até armas de fogo com os suspeitos.
Os agentes investigam delitos de associação criminosa, parcelamento irregular do solo, dano ambiental, falsificação de documentos entre outros. O principal alvo do grupo era uma área localizada no Setor Habitacional Arniqueiras, em Águas Claras, de aproximadamente 1,8 mil hectares. O terreno público seria vendido pelos suspeitos de forma parcelada, em 48 lotes de 350m² e 400m, por valores que variavam de R$ 120 mil a R$ 250 mil.
Segundo a delegada-chefe da Dema, Marilisa Gomes, a grilagem geraria um lucro de R$ 9,1 milhões ao grupo. Para ela, a operação desta terça poderá facilitar futuras prisões: “As ações desencadeadas durante a operação e as medidas cautelares possibilitarão a coleta de materiais que robustecerão o conjunto probatório contra os investigados, individualização de suas condutas e responsabilização penal pelos crimes, cujas penas somadas chegam a 18 anos de reclusão”.
Entre os materiais citados, os policiais encontraram uma arma de fogo calibre 380, diversas munições, uma luneta utilizada em equipamentos profissionais de tiro e um mapa mostrando vias de circulação de veículos no terreno público. O local está situado a 30 metros de distância do Córrego Arniqueira e é uma Área de Preservação Permanente (APP).
A PCDF também informou que os investigados já possuem antecedentes criminais pelos mesmos delitos ambientais, além de já terem respondido por porte ilegal de arma de fogo, estelionato, violência doméstica, adulteração de sinal identificador de veículo, porte de simulacro de arma e associação criminosa.