Mulher morre após ser esfaqueada na área central de Brasília
Uma mulher morreu após ser esfaqueada no Setor Comercial Sul (SCS). A vítima, identificada como Tânia de Cassia Rodrigues da Silva, 19 anos, foi encontrada por pedestres na Quadra 5, no local conhecido como Buraco do Rato, no começo da tarde dessa segunda-feira (22/10).
Na sequência, o Corpo de Bombeiros foi acionado e a levou para o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF), segundo a Polícia Civil do DF. Porém, Tânia não resistiu.
O chefe da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), Rogério Rezende, investiga o caso e disse que a mulher era moradora de rua. “Ela foi socorrida com vida, com marca de facada no peito. Agora estamos em busca do autor, que ainda não foi identificado”, afirma.
A Polícia Militar do DF (PMDF) atendeu à ocorrência e disse que uma viatura fez varredura nas proximidades de onde Tânia foi encontrada, em busca de suspeitos, mas não o encontrou.
Insegurança
Quem caminha perto do Buraco do Rato revela medo constante por causa da violência no local. “A gente sabe que, infelizmente, sempre ocorre assassinato por aqui, mas entre os usuários de drogas”, afirmou um trabalhador da região, que não quis se identificar. Ele classifica a zona como ponto de tráfico de drogas.
A comerciante Maria Conceição da Costa, 60, engrossa o coro: “Depois que as luzes dos postes se acendem, aqui vira uma terra de ninguém”. “A sensação é de total insegurança. Três vezes fui assaltada na minha loja. Colocaram a faca no meu pescoço e em plena luz do dia. Todos aqui têm medo. O SCS está entregue às traças”, lamenta.
A mulher acrescenta que as câmeras próximas de onde trabalha foram arrancadas menos de um mês após a instalação.
O comerciante André Luís Gomes, 46, atravessou décadas no Setor Comercial Sul e, em 30 anos trabalhados no local, viu a insegurança se agravar desde 2008. “De 10 anos para cá, aqui só piora. Segurança aqui é zero. Policiamento tem, mas é preciso mais. Enquanto não resolver a questão da boca de fumo, aqui não vai ficar seguro”, reclama. Ele avalia também que o negócio sofre danos constantes por causa da violência.
Tatiane Coimbra, 25, anda até a Rodoviária do Plano Piloto após sair da lanchonete onde é balconista, no SCS. Ela considera o trajeto perigoso. O estabelecimento onde trabalha, inclusive, foi roubado.