Moro quer ‘descapitalizar’ criminosos combatendo lavagem de dinheiro
Com o objetivo de “descapitalizar” as organizações criminosas, a equipe de Sérgio Moro no futuro Ministério da Justiça vai focar no combate ao crime de lavagem de dinheiro. A estratégia de mirar o patrimônio dos criminosos já foi usada na Lava Jato e deve ser estendida para as ações de combate ao tráfico.
Por isso, conforme destaca a Folha de S. Paulo, o juiz escolheu nomes com experiência nessa área para integrar a sua equipe à frente da pasta. Entre eles está o delegado Maurício Valeixo, indicado para a direção-geral da Polícia Federal (PF).
Atualmente, ele é superintendente da polícia do Paraná, cargo que ele já havia ocupado entre 2009 e 2011. Conhecido de Moro há mais de dez anos, ele foi também chefe do Combate ao Crime Organizado da PF durante três anos da gestão de Leandro Daiello. O posto é o terceiro da hierarquia da polícia.
“Ele [Valeixo] tem a missão de fortalecer a Polícia Federal e que a Polícia Federal possa direcionar suas investigações principalmente com foco em corrupção e crime organizado. É um grande desafio, são problemas sérios, mas ele é uma pessoa plenamente capacitada”, afirmou o ex-juiz federal, em Brasília.
Outro nome é o da delegada Érika Marena, que comandará o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). Ela trabalhou em investigações que ficaram muito conhecidas, como a do Banestado e a Lava Jato, ambas começaram no Paraná e tiveram a participação de Sergio Moro. Associou, com ajuda de outro delegado, o doleiro Alberto Yousseff ao esquema da Petrobras.
Segundo Moro, a delegada “talvez seja a maior especialista no Brasil em cooperação jurídica internacional”.