Luzia de Paula assume vaga na Câmara Legislativa do DF

A Câmara Legislativa do Distrito Federal deu posse, no começo da noite desta sexta-feira (16), à deputada distrital Luzia de Paula (PSB). Ela assumiu a vaga de José Gomes, cassado na semana passada, por abuso de poder econômico (entenda abaixo).
Os dois políticos são do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Na quarta-feira (14), o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) havia suspendido a diplomação de Luzia de Paula, por conta de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a anulação de votos de candidatos com mandatos cassados por crimes eleitorais.
Porém, nesta tarde, o TRE diplomou a suplente de José Gomes. Segundo a Corte, a parlamentar herdaria o mandato independentemente do resultado da decisão do TSE. Por volta das 19h, ela tomou posse no gabinete da presidência da CLDF.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/t/x/c3B19NTXCzsHpugyu3iw/posse-luzia.jpg)
A cassação de José Gomes
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu no dia 6 de outubro, por unanimidade, manter a cassação do mandato do deputado distrital José Gomes Ferreira Filho (PSB-DF). O parlamentar foi condenado por abuso de poder econômico.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/a/1/1IrvgkSYqelAB0ETfrBw/josegomes-970x650.jpg)
Ele é acusado de coagir funcionários da própria empresa, a Real JG Serviços Gerais, para votarem nele nas eleições de 2018. Com a decisão, o político está inelegível por 8 anos.
A ação contra José Gomes foi fruto de uma representação movida pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT) e ratificada pelo Ministério Público Eleitoral do DF. Segundo a acusação, o parlamentar exigiu o voto de 10 mil funcionários de sua empresa, sob ameaça de demissão e citando argumentos como “gratidão pelo emprego”.
Em abril do ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) havia determinado a cassação do mandato do parlamentar. Segundo o entendimento da Corte, à época, ficaram comprovadas as irregularidades na campanha de 2018.

Gravação mostra pressão para funcionários votarem no chefe para deputado
O processo inclui áudios de discursos creditados ao gerente operacional da Real JG, Douglas Ferreira Laet (ouça acima). Em juízo, Laet reconheceu a autoria das falas. Em um áudio, ele fala em monitorar o voto dos funcionários para descobrir “traições”