Resistência de Maguito Vilela às complicações da Covid-19 ‘aumenta muito a esperança’ de recuperação, diz médico

14/12/2020 07h52 Atualizado há uma hora

Maguito Vilela segue internado em UTI se recuperando de complicações da Covid-19
A resistência de Maguito Vilela (MDB) às complicações da Covid-19 dá esperança de recuperação à equipe médica que está acompanhando o prefeito eleito de Goiânia. Internado há quase dois meses, ele voltou ao processo de redução dos sedativos para que possa, aos poucos, respirar sozinho e deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
“Algo que tem pautado muito essa atenção a ele é a grande resistência que ele tem tido frente a essas complicações e frente ao tempo prolongado de adoecimento. Isso aumenta muito a esperança de que ele possa se recuperar, uma vez que ele vem resistindo a essas complicações que vêm surgindo”, disse o médico Marcelo Rabahi, que acompanha o paciente.
De acordo com o último boletim médico, divulgado na noite de domingo (13), Maguito segue com traqueostomia e fazendo diálise. Ele mantém o nível de oxigenação satisfatório.
“A expectativa é de reduzir a sedação, manter a pressão estável e, com isso, ir tentando mudar os parâmetros do ventilador para que ele possa, aos poucos, assumir a própria ventilação, como aconteceu há alguns dias atrás”, disse o médico.
A redução dos sedativos acontece após Maguito passar por uma cirurgia para conter um sangramento no pulmão, no último dia 11. “Devido a essa cirurgia, houve a necessidade do aumento da sedação. A partir da estabilização do quadro novamente, essa sedação volta a ser reduzida de forma gradual até encontrar um balanço entre algo que fique confortável para ele respirar e manter a boa oxigenação. Isso é feito de forma bem paulatina”, explicou Rabahi.
Maguito Vilela no hospital Albert Einstein, em foto tirada antes da segunda entubação — Foto: Reprodução/Instagram
O político testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro. Dois dias depois, foi internado em um hospital de Goiânia.
Em 27 de outubro, ele recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e foi transferido para São Paulo. Em 30 de outubro, Maguito foi entubado, pela primeira vez, após piora no quadro respiratório. Em 8 de novembro, ele voltou a respirar sem o equipamento.
O político apresentou piora e voltou à ventilação mecânica em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições. Dois dias depois, o candidato iniciou o tratamento respiratório com ECMO, uma máquina que imita as funções dos pulmões.
Em 3 de dezembro, após testar negativo para Covid-19, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Depois de dois dias, a ECMO foi retirada.
No dia 11, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia, que acabou desestabilizando a pressão arterial.
Em agosto deste ano, Maguito perdeu duas irmãs para a Covid-19 em um intervalo de menos de 10 dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí, cidade natal do político, localizada no sudoeste de Goiás.