Com paralisação de caminhoneiros, PRF não registra retenção em rodovias

Em meio à mobilização de lideranças de caminhoneiros autônomos para uma paralisação, o Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmam que as rodovias e estradas federais não têm pontos de retenção.

“Todas as rodovias federais, concedidas ou sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), encontravam-se com fluxo livre de veículos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial”, informam em nota.

Nesta segunda-feira (1º/2), caminhoneiros e transportadores de carga convocaram uma paralisação para reivindicar a redução de cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel, o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, modificação da redação do projeto 4199/2020, o BR do Mar, sobre cabotagem, aposentadoria especial para o setor, um marco regulatório do transporte, entre outros pedidos.

A paralisação tem o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), filiada à CUT, do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e do Sindicato das Indústrias de Petróleo.

Áudios atribuídos ao ministro da InfraestruturaTarcísio Gomes de Freitas, serviram para inflamar caminhoneiros. Trata-se de uma suposta conversa do chefe da pasta com representantes da categoria na tentativa de frear o movimento grevista.

Em uma das conversas, o ministro teria dito ao interlocutor: “Eu já dei a pauta do que nós estamos fazendo. É a que nós temos, eu não vou botar em público porque eu não vou dar palanque para quem está querendo fazer greve”, diz a gravação.

A conversa teria ocorrido no sábado (30/1) com um representante que se identifica como vice-presidente da Associação de Caminhoneiros da cidade gaúcha de Capão da Canoa.