Janet Yellen na presidência do Fed

WASHINGTON, 7 janeiro 2014 (AFP) – O Senado americano aprovou nesta segunda-feira a nomeação de Janet Yellen, de 67 anos, como a nova presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). Janet será a primeira mulher a dirigir o Banco Central mais poderoso do mundo.

O nome de Janet, 67, foi aprovado por 56 votos contra 26. A maioria dos senadores da oposição republicana se mostrou contra a indicação, ao criticar a política extremamente complacente do Fed, da qual Yellen é ardorosa defensora.

Vice-presidente do Fed desde 2010, Janet Yellen foi nomeada no dia 9 de novembro pelo presidente Barack Obama para suceder Ben Bernanke, que deixará suas funções em 31 de janeiro de 2014. Seu mandato durará quatro anos.

Em sua audiência no Senado, Yellen defendeu a continuação de uma política monetária flexível enquanto a recuperação continuar frágil.

Yellen era a candidata favorita de numerosos economistas – entre eles o prêmio Nobel Paul Krugman – e da ala progressista do Partido Democrata, que se mobilizou contra a primeira escolha de Obama, seu ex-assessor econômico Lawrence Summers.

A nova presidente do Fed terá a missão de dirigir a política monetária dos EUA e de reduzir gradualmente a injeção de liquidez na economia.

Com um estilo direto e espontâneo, longe do tom mais discreto de Bernanke, Yellen será a primeira mulher a dirigir o Banco Central dos EUA.

O Fed espera melhores resultados econômicos, especialmente na área do emprego, para ampliar a redução das injeções de liquidez à economia através da compras de títulos do Tesouro e títulos hipotecários, que permitem manter as taxas baixas.

Em novembro passado, Yellen insistiu que um dos objetivos do Fed é alcançar e manter uma inflação de 2%. “Buscamos que a economia volte ao pleno emprego. Fizemos avanços, mas ainda não conseguimos”, acrescentou Yellen na ocasião.

Em relação ao setor bancário, Yellen disse em novembro que evitar oferecer ajuda pública aos gigantes bancários em quebra foi “um dos objetivos mais importantes da época posterior à crise”.

“O conceito de ser muito importante para quebrar provoca danos. Isso cria um risco moral e corrói a disciplina dos mercados”, acrescentou.

Yellen também defendeu menores cortes orçamentários a curto prazo, apesar do objetivo a médio prazo ser reduzir os gastos.  “Uma política fiscal que não seja um freio para a economia tornaria a vida mais fácil”, disse aos legisladores na ocasião.

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