Paula Belmonte visita HRG e Centro de Ensino Gesner Teixeira

A deputada federal pelo DF Paula Belmonte (PPS) esteve no Gama durante a última sexta-feira (5/4). Os locais visitados pela parlamentar foram o Hospital Regional do Gama e o Centro de Ensino Gesner Teixeira, da Vila DVO. A promessa da deputada é dar uma atenção especial às áreas de saúde e educação.
No hospital regional, Paula foi recebida pela superintendente regional de saúde Sul, Elaine Rangel. A parlamentar destacou que os responsáveis pelo hospital, que a acompanharam durante a visita, não quiseram maquiar a situação da unidade. “Eles não me levaram na ‘área bonita’, mas me levaram onde tá precisando”, afirmou, em entrevista para O DEMOCRATA.
A parlamentar viu um cenário que é conhecido das pessoas que procuram diariamente a unidade: pacientes em corredores aguardando por atendimento, utilizando as próprias roupas de cama e sem espaço adequado para acompanhantes.
Paula disse que questionou a superintendente sobre a quantidade de ocorrências de infecções hospitalares na unidade e recebeu como resposta que esse tipo de caso diminuiu bastante, mas não chegou a um cenário ideal. “Mas até a limpeza desse local fica difícil”, resumiu. “Então, nós estamos precisando ter um cuidado e um investimento bem importante neste hospital para que as pessoas possam ter mais dignidade”, defende Belmonte.

Paula cobrou ainda do governo de Goiás a responsabilidade sobre a área de saúde, já que grande parte dos pacientes são moradores das cidades goianas vizinhas ao DF. “Particularmente, fico muito triste. Não podemos deixar as pessoas vulneráveis nos corredores”, reiterou.
O HRG realiza, em média, 550 partos por mês, sendo a metade humanizados. Mas a Central de Parto Natural (CNP) ainda não saiu do papel. O diretor administrativo do hospital, Guilherme Albernás, disse que, se implantado, a área vai desafogar os casos cirúrgicos. “O centro obstétrico é muito cheio, precisamos de mais RH, ginecologistas e pediatras. Atendemos muita gente do entorno, tanto para cesárea quanto para os partos naturais”, relatou Albernás.
À equipe do hospital, Paula afirmou que não pode destinar emendas parlamentares em 2019, já que não que não teria acesso aos recursos durante o ano. Todavia, ela prometeu à Secretaria e ao Ministério da Saúde as demandas da unidade, solicitando um olhar mais cuidadoso para a saúde do Distrito Federal. “As emendas já existentes da bancada anterior também podem ser utilizadas para esse fim. Faremos algumas conversas”, salientou.
Centro de Ensino Gesner Teixeira
Após deixar o HRG, Paula foi até a Vila DVO, onde fica o CEF Gesner Teixeira. A escola adota a modalidade de ensino inclusiva. Na prática, isso significa que o centro de ensino deveria ter turmas com menos alunos e um ambiente preparado para receber pessoas com necessidades especiais. Todavia, não é essa a realidade da instituição.
Existem espaços na escola que atendem até 50 alunos, sendo grande parte deles do Entorno. Outro problema diagnosticado pela federal foi a falta de acessibilidade. O centro de ensino tem dois andares, mas não conta com rampas ou elevadores.
A situação prejudica até mesmo o acesso às salas de múltiplas funções, que ficam no segundo andar do prédio. “E o elevador é ainda muito mais barato para o Estado do que a rampa. Para fazer a rampa é necessário projeto, planejamento e verba”, disse Leila Cunha de Albuquerque, diretora do centro de ensino.
Outro problema do CEF é a falta de segurança. Meninos e meninas correm riscos de assaltados ou sequestros e com o tráfico de drogas próximo na região, já que não há policiamento suficiente na Vila DVO e, mesmo com a solicitação, o pedido chegou a ser ignorado pelas autoridades local, conforme relatos. “Se eu ligo na polícia do meu telefone e falo que a ocorrência é aqui na escola, eles falam que não vão atender porque não é da responsabilidade”, expôs a diretora.