PMs que atiraram contra manifestantes no DF são afastados das ruas

A Polícia Militar do DF afastou do trabalho na rua os integrantes da corporação que atiraram com armas de fogo contra manifestantes, em um ato contrário ao governo federal na Esplanada dos Ministérios em 24 de maio. Agora, eles exercem funções administrativas. Durante o protesto, um ativista foi baleado no maxilar e internado em estado grave no Hospital de Base do DF.

Os militares passaram por avaliações psicológicas e o inquérito administrativo instaurado para apurar o caso ainda está em andamento. Os PMs não tiveram as identidades divulgadas. Um vídeo publicado no dia da manifestação evidencia o momento em que pelo menos dois policiais atiram com armas de fogo contra os participantes do protesto.

A gravação mostra um PM efetuando cinco disparos para o alto e correndo em direção aos manifestantes. Na sequência, mais dois tiros espantam ativistas que estavam na entrada de um ministério. Por fim, um segundo policial saca a arma, faz disparos e, em seguida, pede aos colegas que recuem.

Durante coletiva de imprensa após a manifestação, o comandante-geral da PM, coronel Marco Antônio Nunes, lamentou a situação: “Tenho 30 anos de manifestações na Esplanada e nunca tinha visto algo assim. A manifestação foi muito agressiva, mas mesmo assim não podemos fazer isso. Todas as circunstâncias precisam ser apuradas”.

A vítima de um disparo, o servidor público aposentado Carlos Giovani Cirilo, 61 anos, chegou a ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HBDF, em coma induzido. Em 28 de maio, ele passou por uma cirurgia para reconstrução do maxilar e, segundo os médicos, não corre risco de morte.

fonte:

Metrópoles

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