Obama diz que o ataque em Boston é pessoal
Presidente participou de cerimônia em homenagem a vítimas do ataque.
Investigações seguem, e polícia pode soltar vídeos de supostos envolvidos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (18) que o que aconteceu na segunda-feira em Boston, com o ataque à maratona que deixou 3 mortos e pelo menos 176 feridos, “é pessoal”, voltando a afirmar que vai buscar punição para os culpados, que, segundo ele, “escolheram a cidade errada”.
Acompanhado pela primeira-dama Michelle, Obama participou de uma emocionada cerimônia ecumênica na catedral de Santa Cruz, em Boston, em homenagem às vítimas da tragédia, acompanhada por cerca de 2 mil pessoas.
Bastante aplaudido, o democrata afirmou que não iria abandonar a cidade nesse momento de dor.
“Sim, nós vamos encontrá-los, e, sim, vocês vão encarar a justiça”, afirmou Obama com firmeza, dirigindo-se aos desconhecidos autores do ataque.
“Podemos estar momentaneamente desestabilizados, mas nos ergueremos. Seguiremos adiante”, acrescentou. “Se eles pensaram em nos intimidar, nos aterrorizar, então está bem claro agora que eles escolheram a cidade errada para fazer isso”, disse.
Ele também afirmou que os feridos “vão correr novamente”, e prometeu que, no próximo ano, estará na cidade para a próxima edição da maratona.
O presidente recordou que Boston é conhecida por ter “aberto seu coração ao mundo”, recebendo sucessivas ondas de imigrantes, assim como estudantes de diferentes cantos do planeta em suas prestigiosas universidades – inclusive ele, ex-aluno de Harvard”Cada um de nós foi atingido pelo ataque a esta querida cidade”, insistiu o presidente, que definiu Boston como um dos locais “mais icônicos” dos Estados Unidos.
Investigações
As investigações sobre a autoria do ataque continuam, e a imprensa americana afirmou que imagens de dois homens buscados pela polícia podem ser divulgadas ainda nesta quinta pelo FBI (polícia federal dos EUA), que chefia as investigações.
A imprensa americana afirma nesta quinta-feira (18) que o FBI deve divulgar imagens de vídeo que mostram, claramente, dois homens que poderiam ter ligação com o ataque que matou 3 e feriu mais de 180 pessoas na Maratona de Boston na segunda-feira (18).
O tabloide “New York Post” publicou uma foto retirada do vídeo, que mostraria os dois suspeitos em meio à multidão, carregando as mochilas em que estavam os explosivos, antes das explosões.
Segundo o jornal, a imagem já está sendo posta em circulação entre os investigadores.
A agência Reuters informou que as autoridades estão examinando milhares de fotos tiradas por câmeras de vigilância, pela mídia e por cidadãos comuns perto do momento das explosões, e provavelmente vão procurar interrogar mais homens vistos nas fotografias, disseram os oficiais.
Até o momento, nenhum dos procurados é considerado suspeito dos ataques, disseram as fontes, que pediram anonimato.
Ainda segundo a Reuters, as autoridades disseram que há um intenso debate dentro do governo sobre se tais fotografias devem ser oficialmente divulgadas para que o público ajude a identificar as pessoas, apesar do vazamento do que seriam algumas delas.
O governo estaria segurando a publicação formal das fotos, temendo a repetição do fiasco que ocorreu quando fotos semelhantes, divulgadas na sequência de um atentado na Olimpíada de Atlanta, em 1996, levaram à prisão do segurança Richard Jewell, que acabou se mostrando inocente.
O FBI disse que vai dar uma entrevista sobre o caso às 17h locais, 18h de Brasília.
Sites colaborativos
Internautas também têm publicado na internet (nas redes sociais e em sites como 4chan.org) fotos de possíveis suspeitos pelos atentados.
As imagens mostram pessoas que carregavam mochilas com cores semelhantes às que foram usadas no ataque.
O site infowars.com
Confusão sobre prisão
Na véspera, a TV CNN chegou a afirmar que um suspeito do ataque à maratona havia sido detido, mas depois desmentiu a informação. Fontes do governo e das forças de segurança ouvidas pela agência Reuters, a Polícia e a Promotoria de Boston também negaram prisões.