Goiano ignora preconceito e quer ser Mister Universo
Loiro, alto e olhos claros. Para meninas que cresceram brincando com bonecas Barbie, o estudante de educação física e modelo, Caíque Vinicius, 20, é um Ken em carne, osso e músculos. Eleito para representar Goiás na competição de Mister Universo Brasil, que será realizada em 2014, o goiano faz um alerta àqueles que têm preconceito e atribuem a conquista apenas à beleza: “Se fosse para analisar só o corpo, iria para o fisiculturismo. Os jurados também analisam simpatia, passarela, todo o conjunto”, afirma.
Em 2009, foi eleito mister da cidade natal. Quatro anos depois veio o convite para o concurso estadual. “Nesse ano me convidaram para participar do concurso para Mister Universo Goiás e aceitei. A partir daí começou minha preparação, baseada em dieta e treinamento rigoroso”, conta.
(Foto: Aloísio Antunes)
Para a etapa nacional, Caíque fez algumas alterações na rotina de treino. “No último concurso estava muito forte, tive que mudar para encaixar no padrão nacional. Agora também tem a questão dos conhecimentos gerais. Não estou preocupado porque tive uma boa educação, mas sempre vale a pena relembrar. Leio revista e jornal diariamente. Até em site de fofoca estou antenado”, diz, entre risos.
Além da dedicação ao concurso, Caíque ainda divide seu tempo com as aulas do curso de educação física e o handebol, esporte com o qual já ganhou títulos regionais. “Muitas vezes a pessoa acha que pelo fato de estar um pouco sumido mudei meu jeito de ser, mas não é bem assim”, considera. Mesmo solteiro, ele esclarece que a agenda cheia não o impede de namorar: “A gente tenta conciliar, cabe à companheira entender”.
O preconceito com a carreira de mister também é um desafio que Caíque vem enfrentando, inclusive no que se refere a sua sexualidade. “Sempre tem maldosos que acabam criticando isso. Mas quem me conhece sabe que não tem nada a ver e que tenho um grande respeito por homossexuais, mas pra mim não faz diferença a opinião alheia”. Para superar a pressão que veio com o título, o estudante se apoia na família. “Todo mundo me apoia, está do meu lado, torcendo. No dia do concurso tinha mais gente que eu esperava na plateia”, conta.