Rússia impede que tripulantes estrangeiros do Greenpeace deixem o país

São Petesbrugo – Os tripulantes estrangeiros do barco do Greenpeace, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, detidos em setembro em território russo e colocados em liberdade dois meses depois, não poderão deixar a Rússia, indicou a ONG nesta sexta-feira (13/12).

Os advogados da organização ecologista solicitaram às autoridades russas a possibilidade de que um dos 26 membros estrangeiros da tripulação do Artic Sunrise, interceptado por um comando russo após um protesto contra uma plataforma de petróleo no Ártico, deixe o país.

No entanto, a militante dinamarquesa Anne Mie Jense recebeu uma carta da comissão de investigação russa que indicava que os estrangeiros envolvidos “não eram livres para abandonar o país”, indicou o Greenpeace em um comunicado, sem informar quando poderiam fazê-lo. Segundo a organização, a Rússia ignora, assim, a decisão do Tribunal internacional do direito do mar, que convocou Moscou em novembro a permitir que os tripulantes estrangeiros possam voltar aos seus respectivos países.

A Rússia indicou que não reconhecia a competência deste tribunal no caso do Greenpeace. Após sua detenção, os militantes estrangeiros da ONG, em liberdade sob fiança desde novembro, não contam com o visto de seus passaportes, que certifica a entrada legal do país, e por isso não podem deixar a Rússia.

O chefe da administração presidencial russa, Serguei Ivanov, indicou em novembro que os detidos poderão abandonar o país “quando as questões (jurídicas) sobre a forma pela qual poderão sair da Rússia tiverem sido resolvidas”, em referência à falta de vistos russos para os membros estrangeiros da tripulação. Os militantes enfrentam uma pena de até sete anos de prisão por vandalismo. (AP)

 

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