Museu Vivo oferece oficinas profissionalizantes

O Museu Vivo da Memória Candanga oferece oficinas profissionalizantes a fim de trabalhar com “saberes e fazeres” trazidos pelas pessoas que vieram construir Brasília. Os participantes podem fazer cursos de cerâmica, madeira, reciclagem de vidro e gravura. Os cursos do projeto Oficinas do Saber Fazer são gratuitos.

Novas turmas estarão disponíveis a partir de agosto deste ano e a duração dos cursos tem em média 30 horas/aula. As aulas acontecem uma vez por semana e duram cerca de três horas.

O instrutor da Oficina de Cerâmica, José Nicodemos, conta que participou da instalação do curso, em 1988, e que duas gerações de ceramistas da cidade foram formadas desde então.

“Quando abrimos a oficina, a literatura em português sobre cerâmica era quase inexistente e, por isso, difícil montar um curso. Havia muito improviso. Agora, o curso do museu se tornou uma referência e já formou ceramistas importantes na cidade”, afirmou.

A aluna Tércia Felix está bastante motivada. “Eu dou aulas de corte e costura para gestantes. Quero me tornar ceramista e começar a ensinar também. Estou apaixonada”, contou.

A Oficina de Gravura também encanta alunos por meio de diversas modalidades. Mais de 500 alunos foram capacitados em gravura e puderam participar de exposições promovidas pelo local. No museu, são oferecidos cursos em metal, madeira, acrílico e com colagens.

“O nosso espaço também é um ateliê. Os alunos que quiserem se aprofundar podem frequentar em outros horários para usar a criatividade e pesquisar materiais”, afirmou a gravadora e uma das facilitadoras do curso, Naná de Souza.

O vidro também é trabalhado no museu por meio da Oficina Reciclo-Vidro. Ali, garrafas limpas são transformadas em objetos, como bandejas, suportes, saboneteiras, copos, petisqueiras. Os alunos ainda participam de um projeto sobre a iconografia de Brasília, por meio do qual fazem montagens sobre monumentos com vidros.

“A nossa oficina tem um caráter artístico e de preservação do meio ambiente, já que trabalhamos com reciclagem. E o produto final é bastante valorizado”, afirmou a coordenadora técnica, Suzana Dourado.

O instrutor da Oficina de Madeira, Carlos Miranda, orgulha-se de expor de utensílios a móveis em seu ateliê e de orientar os alunos a fabricarem o que desejarem.

“O aluno pode chegar sem saber o que quer, mas eu o estimulo a olhar os objetos e descobrir o que têm vontade de produzir. Hoje em dia, um ateliê de madeira não precisa de muita coisa. As pessoas podem produzir um conjunto de mesa e cadeiras no quintal de casa, com pouco espaço”, revelou.

SERVIÇO:
Museu Vivo da Memória Candanga
Via Epia Sul, SPMS, Lote D – Núcleo Bandeirante
Horário de visitação: de segunda-feira a sábado, das 9h às 17h
Telefone/Fax: 3301-3590
E-mail: mvmc1990@gmail.com

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