Nascido em Brasília, Pezão vibra com luta na cidade: “Chance da família”

Apesar de ter crescido na Paraíba, lutador ressalta “sangue brasiliense” e festeja chance de atuar diante de parentes que nunca o viram no octógono

Antônio Pezão recebeu a família no evento do UFC em Brasília (Foto: Fabricio Marques)
Antônio Pezão recebeu a família no evento do UFC em Brasília (Foto: Fabricio Marques)

Mais do que fazer sua primeira luta no Brasil, Antonio Pezão terá a oportunidade de enfrentar o bielorrusso Andrei Arlovski em sua cidade natal: Brasília. Um momento especial para o peso-pesado, principalmente, por poder ter na torcida muitos familiares que nunca viram de perto uma luta. O duelo entre Pezão e Arlovski será o evento principal do UFC Brasília, marcado para o dia 13 de setembro, no Ginásio Nilson Nelson.

– Vai ser a primeira vez que vou lutar com a torcida ao meu lado. Primeira vez no meu país, e na minha cidade… Tenho dois irmãos aqui (em Brasília). A família toda do meu pai mora na cidade. Minha mãe tem quatro ou cinco irmãos que também moram aqui. São pessoas que nunca me viram lutar, porque só tive uma luta no Brasil, em Campina Grande, ainda como amador. Agora, eles vão ter a oportunidade de estar ali, próximo, sentindo aquela energia do evento. Vai ser muito bom. Estou muito feliz – disse Pezão, que esteve na cidade nesta terça em evento de divulgação da luta.

– A expectativa de todo mundo está muito grande. Eu mesmo, nunca vi ele lutar. É o grande orgulho da nossa família – completou Adriano Ribeiro, irmão de Pezão por parte de pai que ainda vive em Brasília.

Nascido na capital federal, Pezão morou até os dez anos de idade na cidade de Ceilândia, distante cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília. Em 1990, o lutador se mudou com os pais para a Paraíba. Ao falar sobre suas origens, o peso-pesado destacou o “sangue” brasiliense, mas fez questão de ressaltar o carinho que sente pelo estado nordestino onde cresceu, constituiu família e se tornou atleta de MMA.

– Costumo dizer que tenho sangue brasiliense, mas coração é paraibano. O pessoal de lá nos recebeu muito bem. Foi lá que tive a maior parte da minha juventude, conheci minha esposa, foi onde a minha filha nasceu. Tenho um vínculo muito grande com a Paraíba. Mas tenho também com Brasília, onde ainda moram muitos familiares – afirmou o lutador.

Mesmo com a “origem dividida”, o certo é que Pezão terá uma recepção especial na sua cidade natal. O lutador pretende, inclusive, chegar a Brasília alguns dias antes do exigido pela organização do UFC.

– Com certeza, a festa vai ser grande. Minha irmã já está se organizando para ir com um grupo de colegas recebê-lo no aeroporto. Ele vai ter um grande fã clube aqui apoiando – garantiu o irmão Adriano.

Apesar de vibrar com o apoio que receberá “em casa”, Pezão admitiu que, no momento em que subir no octógono, a torcida fica em segundo plano e a atenção se volta totalmente para a luta.

– Quando eu entro para lutar, esqueço tudo e todos. Foco apenas nos meus treinadores e no meu oponente. Não sei se tem 10, 15, ou 20 mil pessoas na arquibancada. Não consigo observar nada. No momento em que acaba, aí eu volto a ser o mesmo de sempre, com amigos, família.

Pezão fará sua primeira luta como profissional no Brasil, justamente em sua cidade natal (Foto: Gaspar Nóbrega)
Pezão fará sua primeira luta como profissional no Brasil,
justamente em sua cidade natal (Foto: Gaspar Nóbrega)

Como se valesse cinturão

Sem lutar desde dezembro de 2013, quando ficou no empate com Mark Hunt, Pezão afirmou que se preparou para o confronto com Arlovski como se a disputa valesse o cinturão dos pesos-pesados. Segundo o brasileiro, seu o nível de treinamento tem sido o mais intenso possível desde que teve a oportunidade de enfrentar Cain Velásquez, em maio de 2013, pelo título da categoria. Na ocasião, Pezão acabou derrotado por nocaute no primeiro round.

Quando a gente luta pelo cinturão, é o patamar mais forte de treino que existe. De lá para cá, procuro treinar da mesma forma. Se eu não estiver no mesmo patamar de treino de quando lutei pelo cinturão, acho que não vou estar pronto. Contra o Arlovski, será da mesma forma. É um atleta que eu respeito muito, ex-campeão do UFC, e que vai estar, na minha cidade, para tentar colocar água no chopp. Mas vou fazer de tudo para que isso não aconteça.

Esta será a segunda luta entre Pezão e Arlovski. Os dois se enfrentaram em maio de 2010, pelo Strikeforce, em duelo que acabou com vitória do brasileiro por decisão unânime.

(Fonte:Globo.com – Combate) edição de André Silva

 

 

 

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