Linha de ônibus é assaltada 10 vezes em dois meses no Entorno do DF

Passageiros e trabalhadores relatam que crimes ocorrem a qualquer hora. Apesar da semelhança entre assaltos, polícia crê na ação de vários grupos.

071014_onibus_assaltoTrabalhadores e usuários do transporte coletivo na região do Entorno do Distrito Federal estão assustados com a violência. Segundo a Polícia Civil, nos dois últimos meses foram registrados dez casos de assalto em apenas uma das linhas, que liga  Gama, no DF, a Luziânia, em Goiás.

Os passageiros relatam que os crimes ocorrem a qualquer hora do dia ou da noite. De acordo com a polícia, os assaltos têm dinâmicas semelhantes e, na maioria das vezes, são cometidos por três pessoas armadas que rendem motorista, cobrador e passageiros.

Apesar da semelhança, a polícia acredita os crimes são cometidos por quadrilhas diferentes. “A Polícia Civil, ao levantar e identificar esses padrões, ela remeteu esses dados às forças policiais de polícia preventiva, que é a Polícia Militar, a Força Nacional e a PRF. E a partir desses dados essas três forças policiais têm realizado operações em conjunto visando coibir essa prática criminosa”, afirma o delegado Davison Gerar.

Entretanto, a Polícia Militar afirma que não tem competência para fazer o policiamento na rodovia, que é de responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal, mas afirma que os passageiros devem sempre registrar os boletins de ocorrência dos crimes.

Já a PRF afirma que faz rondas com frequência na rodovia e que recentemente prendeu uma quadrilha suspeita de assaltar ônibus na região.

Medo
A situação deixa os passageiros indignados. Eles têm o transporte coletivo como única alternativa para ir ao trabalho ou estudar. “Tem que tomar providência porque nós estamos aí a mercê dos assaltantes”, pede a empregada doméstica Luiza Xavier.

Na tentativa de evitar os assaltos, os trabalhadores começaram a observar os passageiros que aguardam em ponto de ônibus. “Mesmo que tenha várias pessoas, se tiver um que seja suspeito, a gente não para”, afirma uma cobradora que não quis ser identificada.

E os próprios passageiros também ficam alerta, como a operadora de caixa Irenilma da Silva. “Quando eu vejo que entra alguém estranho dentro do ônibus eu já desço, mesmo que não esteja na minha parada, porque eu fico com muito medo”, conta.

(Fonte: G1 – GO)    edição de André Silva

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