MTST promete deixar terrenos invadidos hoje
Uma mesa de negociação foi montada, na terça-feira (10), pelo Governo do Distrito Federal para atender as reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Eles ocuparam seis terrenos na madrugada de sábado (7). As áreas estão localizadas em Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e Taguatinga. As famílias se comprometeram a deixar os terrenos até as 18h desta quarta-feira (11). O encontro aconteceu na Administração Regional de Ceilândia.
À frente das negociações, a Companhia de Habitação (CodHab), Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), Secretaria de Relações Institucionais e Sociais (Seris), Subsecretaria da Ordem Pública e Social, e a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). Entre os pontos acordados, está o cadastramento de 2,6 mil pessoas participantes do movimento no programa da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs). O cadastro, que garante a liberação de RS 600 por mês durante seis meses para pagamento de aluguel concedidos a famílias em condição de vulnerabilidade social, está previsto para começar na próxima semana.
Acordo – O acordo é de que, na próxima sexta-feira (13), o MTST envie uma lista com os nomes dos grupos que estão ocupando Ceilândia e Planaltina. O cadastramento das duas cidades será feito nos dias 19, 20, 23 e 24 deste mês. Nesta quarta-feira (11), será enviada a lista de Brazlândia, Samambaia e Recanto das Emas. Os cadastros vão ser feitos entre 25 de fevereiro e 5 de março. A lista de Taguatinga ainda não tem data marcada. Em até 30 dias sairá a lista dos aprovados e não aprovados.
O segundo acordo foi o destravamento do edital da Nova Planaltina (nº 08/2014) para 92 famílias. Segundo a CodHab, a empresa GM Engenharia venceu o processo para construção das unidades habitacionais e, em agosto de 2014, apresentou um projeto urbanístico. Uma comissão foi criada para análise do plano, mas não houve data para que isso acontecesse.
De acordo com o diretor imobiliário da CodHab, Jorge Gutierrez, foi criada uma comissão para analisar o projeto arquitetônico apresentado pela GM Engenharia. O outro edital parado é o 09/2014, que prevê a construção de 908 unidades habitacionais em Samambaia. O edital será aberto até o dia 27 deste mês.
Outra reivindicação da categoria, a destinação de um terreno por parte da Terracap ao MTST para construção de moradia popular criou um embate. De acordo com a Companhia Imobiliária, as áreas só podem ser liberadas por meio de licitação ou destinação direta para o governo, com o objetivo de construção de programas habitacionais.