Serviço normalizado na maternidade de Santa Maria
Hospital regional da cidade deve voltar a fazer cerca de 400 partos mensais, o que promete desafogar o atendimento em outras unidades
O atendimento na sala de parto do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) está regularizado. A informação foi repassada pelo subsecretário de Atenção à Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Tadeu Palmieri, nesta quinta-feira (12), em entrevista coletiva à imprensa.
“O Hospital de Santa Maria está funcionando normalmente, e o usuário pode procurá-lo para atendimento obstétrico”, frisa o subsecretário. Hoje, oito gestantes foram transferidas do Hospital Regional do Gama para a unidade — seis na parte da manhã e duas à tarde.
Com o serviço restabelecido, o HRSM deve voltar a fazer cerca de 400 partos mensais. O local conta com 51 leitos, sendo 41 para pós-parto, cinco para gestantes e cinco para atendimento de ginecologia. Há também uma sala de apoio para amamentação.
Desde 5 de fevereiro, quando apenas um profissional estava atendendo, o número de partos foi reduzido à metade. Com isso, outras unidades acabaram sobrecarregadas, como a do Gama, onde estavam sendo feitos cerca de 900 partos mensais, o dobro da capacidade normal.
Entenda o caso
A normalização do atendimento no Hospital Regional de Santa Maria foi possível após o governo do DF quitar a fatura enviada pela empresa prestadora de serviço nessa quarta-feira (11). A quantia de R$ 3,4 milhões — referente a janeiro de 2015 — foi paga dentro do prazo, que se encerraria em 15 de fevereiro. Os vencimentos dos profissionais terceirizados das Unidades de Terapia Intensiva (adulto, pediátrico e pré-natal) e da sala de parto estão incluídos nesse valor.
A dívida estimada com a empresa, no entanto, é bem maior — R$ 14 milhões. A prestadora de serviço não recebe do governo desde agosto de 2014. De acordo com a secretaria, esse montante ainda será negociado, e haverá pagamento regular a partir deste ano.
Outra ação que possibilitou o restabelecimento das atividades na sala de parto foi a prorrogação do prazo dado pela Justiça do DF para substituir os profissionais terceirizados por servidores. Segundo a pasta, o prazo de mais 180 dias possibilitará que as substituições sejam feitas sem prejudicar o atendimento.
Gama
Em resposta ao que foi noticiado pela imprensa sobre a estrutura do Hospital Regional do Gama, a Secretaria de Saúde informou que, no local, existem 10 salas de parto, sendo que cada uma conta com três bicos de oxigênio — o que, de acordo com o órgão, é suficiente para a média normal de partos realizados.
Quanto à falta de vaselina para exame de toque, a pasta ressaltou que o material só é utilizado em último caso, sendo mais indicada a lidocaína em gel, disponível no Hospital Regional do Gama.
Hmib
Sem refrigeração desde 23 de janeiro e sem contrato de manutenção desde o ano passado, o Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) — unidade referência em partos na capital — está prestes a normalizar o número de partos realizados. Na última quarta-feira (11), universidades conveniadas do hospital compraram nove aparelhos de ar-condicionado para resolver o problema.
Até o dia 22 deste mês, quatro equipamentos devem estar em funcionamento. A instalação dos outros cinco será concluída nos próximos dias. Ao mesmo tempo, técnicos estão consertando o ar central. A previsão é que ele volte a funcionar em três meses.
(Fonte: Agência Brasília) edição de André Silva