Lixo é o principal causa de entupimentos de bocas de lobo
De carcaça de TV até resto de construção são encontrados em bocas de lobo entupidas em todas as regiões do DF
Pneus de bicicletas, calotas de carros, lixo doméstico e restos de construção são parte dos resíduos sólidos encontrados pelos técnicos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) durante a limpeza das bocas de lobo do Distrito Federal. A empresa estima retirar diariamente de 4 a 5 toneladas de lixo das bocas de lobo em todo o DF.
A limpeza da boca de lobo consiste no recolhimento de folhas secas, galhos e na retirada de resíduos sólidos na rede de águas pluviais. Em todo o DF, existem aproximadamente 170 mil bocas de lobos distribuídas nas vias das regiões administrativas.
Todos os anos, a Novacap investe no preparo da cidade para o enfrentamento do período de chuvas, para evitar entupimentos e obstrução das áreas de escoamento das águas. O trabalho é constante e acontece durante todo o ano.
Aproximadamente 1,5 mil bocas de lobo foram limpas pelas equipes da Novacap nos meses de janeiro e fevereiro. “A limpeza de bocas de lobos, ou bueiros, é uma operação importante para que as águas possam passar por eles sem qualquer tipo de obstrução”, explica o chefe da Seção de Manutenção e Drenagem da Novacap, Ângelo Tiveron.
As cidades com maiores índices de bocas de lobo entupidas são: Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Gama. “Nas regiões mais afastadas do centro de Brasília, a reincidência de lixo jogado na rede de drenagem é grande. Já encontramos, por exemplo, carcaça de televisão, entre outros objetos”, pontua Tiveron.
Para realizar o serviço de desobstrução de bocas de lobo no DF a Novacap conta com três equipes, compostas, cada uma, de 15 pessoas e três caminhões.
A conscientização da população para evitar jogar lixo nas ruas é fundamental para reduzir os transtornos causados pelo entupimento das bocas de lobo. “Essenciais para a drenagem de águas pluviais, quando essas áreas são obstruídas, contribuem para a ocorrência de alagamentos e enchentes nas mais diversas regiões do DF”, concluí Tiveron.
(Fonte:Kátia Maia / Bruno Cassiano) edição de André Silva