Grupo comemora na Av. Paulista pedido de impeachment de Dilma
Um grupo comemorou na Avenida Paulista na noite de quarta-feira (2) o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os manifestantes levaram faixas para o vão livre do Masp e chegaram a bloquear duas faixas da via.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) disse que havia cerca de 30 pessoas no ato e que o grupo chegou a ocupar duas faixas do sentido Consolação da Paulista em alguns momentos da manifestação. A Polícia Militar não sabia informar o número de participantes até as 22h15.
Um dos participantes da manifestação, iniciada por volta das 21h, foi o coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri. O grupo estendia faixas quando o semáforo na esquina com a Rua Professor Otávio Mendes fechava para os veículos.
Indignação
A presidente Dilma Rousseff negou “atos ilícitos” em sua gestão e afirmou que recebeu com “indignação” a decisão do peemedebista. A declaração ocorreu em meio a um pronunciamento dela no Salão Leste do Palácio do Planalto, que durou cerca de três minutos.
“Hoje [quarta] eu recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro”, disse Dilma durante o pronunciamento.
No início da noite desta quarta, Eduardo Cunha convocou jornalistas para um anúncio no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Nesse pronunciamento, afirmou ter aceito pedido movido pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, negou motivação política, mas enfatizou que o pedido respeitava a legislação.
Responsável pela abertura do processo de impeachment de Dilma, Cunha é suspeito de ter envolvimento com o esquema de corrupção que atuou na Petrobras e é investigado na Operação Lava Jato.
Além disso, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados apura se o peemedebista quebrou o decoro parlamentar por supostamente mentir à CPI da Petrobras quando disse que não tinha contas na Suíça – posteriormente, em entrevista ao G1 e à TV Globo, ele disse ter o usufruto das contas, mas ser não o dono delas.
Fonte: G1