Zoológico de Brasília colabora com projeto de pesquisa socioambiental da UnB na retirada de lixo do córrego Guará

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A parceria é com o Programa de pós-graduação em Ensino de Ciências da Universidade de Brasília (UnB) que está desenvolvendo um projeto de pesquisa que tem como perspectiva a promoção da Educação Ambiental, por meio de uma metodologia lúdica com enfoque na situação socioambiental do córrego Guará. E em virtude do Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, e já pensando no Fórum Mundial da Água que Brasília irá sediar em 2018, a Fundação Jardim Zoológico de Brasília, antenada nesta importante discussão, em parceria com o Centro de Ensino Médio Júlia Kubistchek da Candangolândia, vem desenvolvendo o projeto de pesquisa “Ludicidade na Educação Ambiental: Tomadas de decisão e ação frente ao contexto socioambiental do córrego Guará”, de autoria da professora Rosane Marques (PPGEC-UnB).

Alunos do nono ano (14 a 16 anos) da primeira escola de Brasília, o CEM JK, vão conhecer a realidade do córrego Guará na busca de melhorias para o local através da Educação Ambiental. Desta maneira, pretende-se promover o exercício do entendimento das implicações ambientais, propor ações que façam os alunos e também a sociedade conhecerem e refletirem sobre as raízes dos contextos ambientais em que estão inseridos.

O olhar atento à problemática do córrego Guará é extremamente importante pelo fato de parte de sua mata ciliar (mata que fica à margem do córrego) estar comprometida devido aos assentamentos irregulares, o que provoca erosão do solo e assoreamento do córrego, bem como o grande acúmulo de lixos, galhos e troncos de árvores que não resistiram às cheias em épocas de chuvas, formando uma grande barreira que impede o curso natural do córrego. Isso piora consideravelmente a situação da mata ciliar, uma vez que o córrego passa a mudar o seu percurso para dentro da mata, alagando o solo e troncos de árvores que não são adaptados ao ambiente encharcado, apodrecendo assim suas raízes. Há ainda animais de vida livre que habitam aos arredores do Zoológico de Brasília como: capivaras, macacos, répteis e aves, que transitam nessa área e tem acesso ao lixo que se acumula nas margens e água do córrego e que cujo habitat natural também está sendo comprometido. Por se tratar de um córrego que deságua no Lago Paranoá, as suas questões socioambientais também trazem comprometimento ao Lago.

Em três encontros, grupos de alunos tem a oportunidade de conhecer a realidade do córrego Guará e ajudar na retirada de lixo da área. O Zoológico de Brasília, que sempre esteve preocupado com a excelência em Educação Ambiental, está mediando esta ação junto à professora Rosane Marques, no trabalho de mestrado da UnB.

 

“Lutamos para que o que aconteceu com o córrego Riacho Fundo, que em janeiro transbordou e deixou dezenas de famílias da Vila Cahuy desabrigadas, não aconteça com o córrego Guará. Por isso, se faz necessário cuidados permanentes com o córrego e que o governo possa garantir medidas de proteção ambiental eficazes e concretas”, alertou Rosane.

A terceira e última ação acontecerá nesta sexta-feira (08), às 14h, no córrego Guará, que fica na mata atrás do Zoológico de Brasília, com a presença de 25 alunos do CEM JK, da professora Rosane Marques, técnicos do Zoo, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e do Corpo de Bombeiros do DF. O ponto de encontro será dentro do Zoológico. Contamos com vocês para fazer o registro de mais esta ação promovida pelo Zoo, que renderá ótimas imagens.

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