Deputados depõem na Decap e saem sem falar com os jornalistas

HUGO_BARRETO
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Em carros com vidros escuros e abaixados nos bancos. Foi assim que a maioria dos deputados distritais saiu da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), na manhã desta terça-feira (23). Os distritais foram ouvidos pelo Ministério Público do DF e pela Polícia Civil, que deflagrou a Operação Drácon para apurar um esquema de distribuição de propina entre os membros da Mesa Diretora da Câmara Legislativa.

O promotor Clayton Germano disse que nem todos falaram. “Alguns usaram o direito de ficar calado”, disse, na saída da delegacia. Era um promotor para ouvir cada envolvido – os deputados distritais Celina Leão (PPS), Raimundo Ribeiro (PPS), Julio César (PRB), Bispo Renato (PR) e Cristiano Araújo (PSD), além do servidor Alexandre Cerqueira, apontado como operador do esquema.

O advogado de Cerqueira, Marcelo Moura, disse que ele falará apenas quando conhecer a denúncia. “Ele não cometeu nenhum ato ilícito e vai depor no momento oportuno, quando tiver acesso às provas”, afirmou.

O deputado Bispo Renato também ficou calado, durante o depoimento. Segundo o advogado dele, José Francisco Fyschinger, o distrital falará somente quando tiver acesso à acusação. Apenas Raimundo Ribeiro foi o único que entrou e saiu dirigindo o próprio carro e fumando.

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