‘Baderneiros’ não podem paralisar Congresso, diz líder sobre invasão

O líder do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC-SE), afirmou nesta terça-feira (18) que “baderneiros” não podem paralisar os trabalhos do Poder Legislativo.

Moura deu a declaração após um grupo de policiais que fazia um protesto na Esplanada dos Ministérios invadir o prédio do Congresso. Diante do tumulto, vidros foram quebrados e a Polícia Legislativa reagiu com spray e bombas.

O tumulto, na entrada principal do Congresso, chamada de Chapelaria, começou por volta das 15h30, quando um grupo de policiais civis, rodoviários e federais de vários estados e do Distrito Federal tentou invadir a Câmara. O tumulto durou cerca de uma hora, até que os manifestantes se dispersaram.

“A gente não vai permitir que esses baderneiros que não respeitam a democracia, que vêm fazer bagunça e são mal-educados, paralisem os trabalhos”, afirmou André Moura.

Segundo André Moura, o objetivo é votar, ainda nesta terça, o chamado texto-base do projeto que estabelece uma recuperação fiscal para os estados em crise. A proposta, enviada pelo presidente Michel Temer neste ano, foi colocada em discussão nas últimas semanas, mas ainda não foi votada (o texto-base não inclui as emendas, sugestões de deputados para alterar o projeto original do governo).

“Hoje votamos o texto principal [do projeto de socorro aos estados]. Vamos votar o texto principal e deixar o que não for possível votar hoje para concluir amanhã [quarta]”, acrescentou o líder do governo, em outro momento da entrevista.

Socorro aos estados

O texto suspende o pagamento das dívidas dos estados com a União por três anos, prorrogáveis por mais três. Os estados, porém, têm de adotar medidas de ajuste fiscal, as chamadas contrapartidas.

A votação do projeto já foi adiada quatro vezes seguidas por falta de consenso entre os parlamentares sobre a proposta e por falta de quórum no plenário.

A Câmara tenta votar a proposta há semanas, mas impasses em torno da matéria vêm adiando a tramitação. Há questionamentos de deputados sobre as contrapartidas previstas no texto, além de demandas por benefícios de estados que não estão em crise.

fonte:

Metrópoles

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