Sem responder a todos, Nenê Constantino se diz inocente

“É uma covardia muito grande, nunca fiz mal a ninguém”, declarou o empresário Nenê Constantino na terça-feira (9), no segundo dia de julgamento no Tribunal do Júri de Taguatinga. O fundador da Gol Linhas Aéreas e de empresas de ônibus do DF responde por homicídio qualificado e oferecimento de vantagem a testemunha. O crime ocorreu em 2001, na garagem da Pioneira. Nenê é acusado de mandar matar um líder comunitário que ocupava seu terreno. O julgamento, que tem mais dois réus, será retomado nesta quarta (10).

Constantino chegou a passar mal no primeiro dia da audiência, ao sofrer um pico de pressão, e retornou hoje. No entanto, devido à condição de saúde, a defesa conseguiu que ele não respondesse às perguntas dos demais advogados e do Ministério Público.

No primeiro dia, a sessão se estendeu até a madrugada (1h30), quando foram ouvidas seis testemunhas, das 31 arroladas inicialmente. Nesta terça, o juiz-presidente da sessão abriu os trabalhos ouvindo uma última testemunha. Todas as demais foram dispensadas.

Terminadas as oitivas, começou, ainda pela manhã, o interrogatório dos réus. O primeiro foi João Marques dos Santos, que optou por responder apenas às perguntas formuladas pelo seu advogado. Depois, foi interrogado João Alcides Miranda, que se declarou inocente ao juiz e respondeu às perguntas do MPDFT e do seu advogado.

Após intervalo para almoço, a sessão foi retomada com o interrogatório de Constantino. Ao ser questionado, ele negou a acusação de ter oferecido R$ 20 mil à delegada Mabel de Faria, para não investigar o caso.

Na sequência, o juiz ouviu o réu Vanderlei Batista Silva. Vitor Foresti, genro de Constantino e também réu, foi o último a prestar esclarecimentos. Ele respondeu às perguntas do juiz, do MP, do advogado e de jurados. Nesta quarta serão realizados os debates entre acusação e defesa.

fonte:

Jornal de Brasilia

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