Dono de funerária é preso por embalsamar corpos sem autorização
O proprietário de uma funerária, localizada no SOF Sul, foi preso na última quarta-feira (7) por usurpação de função pública. A funerária, que também funcionava como floricultura, funcionava sem as devidas autorizações. De acordo com a Polícia Civil, Thiago Borges Caixeta, 33 anos, não tinha antecedentes criminais e tinha conhecimento das irregularidades do estabelecimento. Se condenado, ele poderá cumprir de dois a cinco anos de prisão
O delegado responsável pelo caso, Wislei Salomão, afirmou que a funerária funcionava de maneira irregular desde fevereiro. “A empresa teve o alvará de funcionamento negado pela Administração do Guará, foi autuada pela Agefis por falta de documentação em maior, e estava interditado pela Vigilância Sanitária”, enfatizou Salomão. Apesar disso, o estabelecimento continuava realizando o processo de embalsamento – técnica de preservação do cadáver para prevenir a decomposição.
Ainda segundo o delegado, o proprietária continuava funcionando normalmente enquanto tentava conseguir as autorizações. “Thiago já tinha solicitado uma solicitação provisória que havia sido negada e, em seguida, entrou com uma medida judicial que também foi negada”, pontuou. Após denúncia anônima, a polícia compareceu ao estabelecimento e encontrou dois cadáveres no local. “Nós fomos até lá para confirmar a denúncia. Na funerária encontramos um corpo já preparado e o outro em processo de preparação.”
Os clientes não tinham conhecimento da irregularidade do estabelecimento. “Por se tratar de um assunto delicado como a morte, as pessoas não se preocupavam tanto em conhecer a procedência da funerária”, pontuou Salomão.