Mãe impede que filho seja atendido por médicos que não sejam brancos

Um vídeo feito em uma clínica na cidade de Mississauga, no Canadá, mostra o momento em que uma mulher demanda um “médico branco” que não tenha “dentes marrons” e “fale inglês” para atender seu filho.

As imagens foram gravadas por outro paciente, Hitesh Bhardwaj, no último domingo (18/6). Em entrevista à rede de TV CBC News, ele, que é imigrante, afirmou que foi impossível não filmar tudo o que estava vendo e ouvindo. “Isso é ruim, inadequado e não pode passar despercebido”, garantiu. Em cerca de quatro minutos, a mulher começa demandando por um médico de pele branca.

Ao ser avisada que isso não seria possível, ela se revolta, chegando a dizer: “Por ser branca nesse país, eu deveria atirar em mim mesma”. A mãe segue alvoroçada, afirmando que havia levado o filho a um médico que não era branco e este não tinha ajudado nas dores na barriga da criança. “Eu gostaria de ver um médico branco. Você está me dizendo que não há um médico branco em todo esse edifício?”

A mulher não havia sido identificada até a publicação desta matéria. Além de Bhardwaj, outros pacientes também se mostraram contrários ao pensamento racista da mulher. Em um dos momentos mais fortes, uma delas diz para a mãe: “Seu filho claramente tem mais problemas com você sendo mãe dele do que problemas médicos. Você é extremamente grosseira e racista”.

Racismo no DF

Entre 2011 e 2016, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou 358 pessoas por discriminação racial. No mesmo período, o número de presos em flagrantes do crime cresceu 375%, passando de oito para 38 casos.

De todos os inquéritos que chegam para apreciação dos promotores, 34,7% dizem respeito a discriminações ocorridas no ambiente de trabalho das vítimas. São os clientes os responsáveis, como autores, pelo maior índice de registros (28,7%).

As estatísticas fazem parte de um estudo elaborado pelo MPDFT que traça o perfil da discriminação racial no DF. Coordenado pelo promotor Thiago Pierobom, o levantamento analisou 150 denúncias oferecidas pelo Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED) da instituição nos últimos 10 anos.

fonte:

Metrópoles

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