Polícia investiga assassinato seguido de suicídio no DF

Um homem de 58 anos teria matado a mulher, da mesma idade, e depois se suicidado, na manhã dessa segunda-feira (11), na Candangolândia. De acordo com a Polícia Civil, o casal estava com sinais de enforcamento e foi encontrado em casa, na Quadra 4, Conjunto C. Vizinhos relatam que o homem fazia intrigas, e que eles estavam em processo de separação.

O crime teria começado ainda na madrugada de ontem. Moradores da região contaram que, por volta das 3 h, ouviram a mulher gritando pedindo socorro. “Aí teve gente que chamou a polícia, que só veio de manhã. Também mandaram mensagem para a filha deles, dizendo que a mãe dela estava gritando por socorro”, comenta a vizinha Raquel (nome fictício).

Testemunhas apontam que a mulher não estava morando mais em casa e que teria ido ao local para buscar roupas, só que o marido não a deixou sair mais. “Por volta das 10h eu ouvi a filha gritando, desesperada. Estavam ela, um tio – irmão do suspeito – e um oficial de Justiça, que teria ido entregar uma intimação ao homem a respeito da separação”, conta a mulher. O três foram os primeiros a ver os corpos na residência.

Caso obscuro

No local, os policiais se depararam com as portas abertas, a mulher morta em um cômodo e o homem em outro. Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil tratava o caso somente como suicídio, mas vizinhos especulam a respeito de crime passional. “Eu não sei ao certo o motivo, acho que ele era psicopata. Porque ela não podia nem sair de casa. Mas às vezes ele sentia ciúmes com coisas da cabeça dele”, observa Raquel.

Há cerca de dois meses, a vizinha teria presenciado uma briga do marido com a mulher. “Eu o vi empurrando a companheira para dentro de casa. Teve um outro episódio em que nós não sabemos o que aconteceu, mas deu polícia na casa deles. Todo mundo na rua sabia que ele não era muito amigável”, afirma.

A vizinhança levanta também a hipótese de que a mulher vivia em cárcere privado. “A informação que circula é que ela vivia presa em casa, porque ele não a deixava sair por ciúmes”, alega Raquel.

Intrigas na vizinhança

O casal morava há mais de 20 anos na mesma residência. Raquel também cresceu naquela rua e conta que o casal sempre foi fechado. “A gente quase não os via. Quando via a mulher era na igreja, porque ela frequentava a missa, só isso. Teve uma vez que eu a vi na rua e conversei um pouco. Mas ele nem ‘bom dia’ respondia”, conta.

Outra vizinha, Vera (nome fictício), alega ainda que o homem arrumava confusão com outros moradores. “Ele gostava de brigar com todo mundo. As crianças não podiam brincar na frente da casa dele, e ninguém podia estacionar o carro perto dali que ele discutia”, afirma. A mulher, no entanto, nega ter visto qualquer briga do casal. “Eles eram muito fechados”, resume.
A 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante) investiga o caso.

fonte:

JBr.

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