UnB pode parar de funcionar em agosto por causa de crise financeira
“Se não tiver contingenciamento, a UnB para de funcionar em agosto”. Foi com essa frase que a decana de Planejamento e Orçamento da Universidade de Brasília, Denise Imbroise (foto de destaque), abriu reunião pública para tratar da crise financeira da instituição, que registra um rombo de R$ 92,3 milhões em seu orçamento para este ano. O evento reúne, nesta quinta-feira (29/3), representantes de toda a comunidade acadêmica.
A universidade anunciou ser necessário cortar despesas, e isso implicaria em redução de terceirizados, estagiários e subsídios, como o oferecido aos estudantes que se alimentam no Restaurante Universitário (RU). A medida pode aumentar em até 160% o valor das refeições, dependendo da condição financeira do aluno. Outras contenções também estão sendo analisadas.
Com o auditório verde da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (Face) lotado, a reitora Márcia Abrahão foi recebida pelos estudantes com gritos de “não aceitamos demissões. Mexeu com os terceirizados, mexeu com a gente”.
A reitora ouviu os protestos e conversou brevemente com a imprensa. Segundo a gestora, foram realizadas diversas reuniões com o Ministério da Educação (MEC) para tentar conseguir recursos. No entanto, afirmou ela, “cortes são inevitáveis”.
Precisamos resistir e resistir nesse momento e conseguir formar os alunos em 2018“
De acordo com ela, “o MEC tem nos recebido e se mostrado sensível, mas, infelizmente, mesmo com nossas explicações e apelos, não obtivemos nenhuma resposta positiva”. Além de não haver retorno prático quanto aos pedidos da UnB, a pasta sinalizou um cenário ainda mais duro, com a possibilidade de publicação de um novo decreto de contingenciamento, nos próximos dias, pontuou a reitora.
A universidade precisa cortar R$ 39,8 milhões do orçamento e aumentar a receita em R$ 50,8 milhões. Denise Imbroise apresentou os dados e informou que, em 2018, a UnB terá de recursos do Tesouro no valor de R$ 137 milhões, além de R$ 40 milhões de arrecadação. No entanto, o custo anual será de R$ 214,5 milhões.
Veja a proposta de redução de déficit apresentada pela Reitoria:
A reitora ouviu os protestos e conversou brevemente com a imprensa. Segundo a gestora, foram realizadas diversas reuniões com o Ministério da Educação (MEC) para tentar conseguir recursos. No entanto, afirmou ela, “cortes são inevitáveis”.
Precisamos resistir e resistir nesse momento e conseguir formar os alunos em 2018“
De acordo com ela, “o MEC tem nos recebido e se mostrado sensível, mas, infelizmente, mesmo com nossas explicações e apelos, não obtivemos nenhuma resposta positiva”. Além de não haver retorno prático quanto aos pedidos da UnB, a pasta sinalizou um cenário ainda mais duro, com a possibilidade de publicação de um novo decreto de contingenciamento, nos próximos dias, pontuou a reitora.
A universidade precisa cortar R$ 39,8 milhões do orçamento e aumentar a receita em R$ 50,8 milhões. Denise Imbroise apresentou os dados e informou que, em 2018, a UnB terá de recursos do Tesouro no valor de R$ 137 milhões, além de R$ 40 milhões de arrecadação. No entanto, o custo anual será de R$ 214,5 milhões.