Alexandre Dubão: “O conselheiro tutelar deve ser um escudo para a criança e o adolescente”

Os conselheiros tutelares são as pessoas que trabalham com o intuito de garantir os direitos básicos, a integridade física, mental e social de crianças e adolescentes. Votados pela comunidade, acabam assumindo uma tarefa que não é nada fácil.
Alexandre Pinheiro é uma dessas pessoas eleitas em 2015 para essa missão, que ele mesmo define como “ser um escudo para a criança e o adolescente”. Mais conhecido como “Dubão”, ele atua no Conselho Tutelar do Gama II, que atende as regiões do Setor Leste, Setor Central e quadras ímpares do Setor Sul.
A ideia de ser conselheiro tutelar veio de seu envolvimento com a igreja católica. “De tanto ajudar as pessoas, eu senti esse desejo”, comenta ele. Atualmente, Dubão cursa pedagogia. Mas, antes disso, iniciou a faculdade de letras, que teve de ser trancada para que ele cuidasse de sua mãe.
Ainda antes de pensar em ser conselheiro tutelar, ele trabalhou como vigilante em uma empresa terceirizada que prestava serviços para a secretaria de Fazenda. O titular da secretaria na época gostou de seu desempenho e o chamou para assumir um cargo em comissão na pasta.
Dubão afirma que, antes de disputar o posto de conselheiro tutelar, não sabia nada sobre ele. A situação foi resolvida por meio de estudos. “Dois anos antes da eleição comecei a focar naquilo e fui entendendo, tive alguns conselheiros que me incentivaram e tomei essa decisão de sair candidato”, relata.
Alexandre descreve sua experiência de conselheiro tutelar como “maravilhosa”. “Ajudar as pessoas é muito bom e cumprir com sua obrigação de conselheiro é melhor ainda”, garante.
O atendimento às crianças e adolescentes acaba se estendendo às suas respectivas famílias. Para ele, a família é fundamental no desenvolvimento humano. “A gente não pode julgar as crianças pelas suas atitudes sem levar em conta o contexto familiar em que ela está”, relata.
Dubão diz desenvolver o seu trabalho com “humildade e alegria”, que são as marcas que afirma ter deixado como legado. “O que mais me marcou foi uma pessoa que me criticou, em um cenário onde estou acostumado a ser bem recebido”, relembra. “Essa pessoa me convenceu de que eu posso ser melhor”, conclui.