Agente penitenciário acusado de receber terreno de Luiz Estevão em troca de regalia faz delação premiada

Luiz Estevão

A Justiça do Distrito Federal retirou o sigilo do processo em que o senador cassado Luiz Estevão é acusado de corromper quatro agentes penitenciários em troca de regalias na Papuda, na época em que ainda cumpria pena no regime fechado.

O empresário é suspeito de ter repassado um terreno de 18 hectares em Valparaíso, no Entorno do DF, para um dos então carcereiros dele. O processo corre desde 2017, os detalhes foram divulgados nesta sexta-feira (27).

Com a quebra do sigilo, é possível saber que o agente que recebeu o terreno de Luiz Estevão fechou delação premiada com o Ministério Público. O acordo foi homologado em março de 2017, o conteúdo, no entanto, não foi divulgado.

O advogado Marcelo Bessa, que representa o ex-senador, disse que “rechaça a acusação” e que ela é “inverídica”.

No processo, o delator afirmou que o terreno foi doado como “forma de gratidão”. Para o advogado, a afirmação “não tem credibilidade”.

Conflito de interesses

Ainda na ação, o juiz Carlos Alberto Silva questionou os interesse envolvendo o delator – que é tratado como “suposto colaborador”. Ele não teve a identidade informada.’Luiz Estevão é um dos homens mais ricos do DF, quiçá do Brasil’, diz juíza ao negar parcelamento de multa do ex-senador

Segundo o magistrado, uma advogada de Luiz Estevão passou a defender o agente menos de dois meses depois de ela ter visitado o empresário na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Devido à suspeita de conflito de interesses, patrocínio infiel (quando o advogado age para prejudicar o cliente) ou atuação dupla, o juiz cobrou explicações da advogada para saber se ela ainda representa os interesses do ex-senador, mesmo que extrajudicialmente.

O advogado do senador cassado, Marcelo Bessa, afirmou que Larissa Xavier não faz parte da equipe de defesa de Luiz Estevão.

fonte:

metrópoles