PCDF: funcionários recebiam dólar e euro para facilitar ataques a banco

aixas de papelão cheias de notas de euro e dólar foram encontradas por policiais civis na manhã desta segunda-feira (04/05), em Ceilândia. O dinheiro estava na casa de um dos suspeitos de integrar uma organização criminosa que realizava ataques a agências bancárias de todo o país. O homem trabalha no setor de segurança de uma grande instituição financeira e tinha a função de desligar alarmes e retardar o acionamento da policia após cada furto.

Apenas nesse imóvel, no total, foram apreendidos 12.350 euros e 7,4 mil dólares, o que equivale a cerca de R$ 116,6 mil. O grupo, que agia entranhado na sede de um dos maiores bancos do país há pelo menos dois anos, faturou cerca de R$ 3 milhões com os assaltos. Até as 6h10, quatro pessoas haviam sido presas. O banco colabora com as investigações e, por esse motivo, não teve o nome divulgado pela PCDF.

Nenhum dos alvos têm antecedentes criminais e todos eram considerados acima de qualquer suspeita. Os investigados são da empresa Confederal. Entre eles estão dois vigilantes e um supervisor.

A ação, batizada de Sentinela, é conduzida pela Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri) e foi deflagrada pela Divisão de Repressão a Roubo e Furtos (DRF). Os policiais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, sendo quatro na sede do banco, no Setor Bancário e Sul, e um na Asa Norte, em uma das unidades da instituição.

Sistema

Os suspeitos trabalham como terceirizados em esquema de plantão, operando sistemas de vigilância e segurança de forma remota e englobando centenas de agências espalhadas pelo país. Também estão sendo cumpridos mandados de buscas na Asa Sul, Asa Norte, Ceilândia, Planaltina, São Sebastião, Núcleo Bandeirante e Sobradinho.

MAIS SOBRE O ASSUNTO

De acordo com as investigações da DRF, com acesso irrestrito ao comando para acionamento da polícia após uma agência ser alvo de assalto, o braço da organização infiltrada na sede do banco tinha facilidade para retardar, ao máximo, o sinal de alerta feito às autoridades. Com isso, o grupo armado da quadrilha ganhava minutos preciosos a fim de arrombar os cofres e fugir com o dinheiro antes da chegada das primeiras viaturas.

a organização criminosa tinha grande quantidade de ferramentas pesadas para arrombar os cofresReprodução/PCDF

Ação foi batizada de Operação SentinelaRafaela Felicciano/Metrópoles

Quatro pessoas foram presasRafaela Felicciano/Metrópoles

PCDF

Mandados foram cumpridos na Asa Sul, Asa Norte, Ceilândia, Planaltina, São Sebastião, Núcleo Bandeirante e SobradinhoRafaela Felicciano/Metrópoles

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Cerca de 35 policiais participaram da operação Rafaela Felicciano/Metrópoles

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

PCDF suspeita que a organização criminosa teria faturado cerca de R$ 3 milhões com os roubos Reprodução/PCDF

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

Os criminosos tinham facilidade para arrombar os cofres pois os alarmes eram desativados pelo bandoReprodução/PCDF

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

De acordo com as investigações, o bando agia há pelo menos dois anosReprodução/PCDF

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

Os criminosos são altamente treinados para arrombar agências bancáriasReprodução/PCDF

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

Os ladrões ganhavam minutos preciosos no momento de fugir após os arrombamentosReprodução/PCDF

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

Cinco mandando de prião preventiva estão sendo cumpridos pela PCDF nesta segunda-feira (04/05)Reprodução/PCDF

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

Bancos em vários estados do país foram alvo da organização criminosaReprodução/PCDF

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos
PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

As ferramentas usadas pelos bando tinha poder de perfurar camadas espessas de concreto armado

Os criminosos tinham grande conhecimento técnico sobre os dispositivos de segurançaReprodução/PCDF

PCDF desarticula organização criminosa que desligava alarme de bancos durante assaltos

a organização criminosa tinha grande quantidade de ferramentas pesadas para arrombar os cofresReprodução/PCDF

PCDF

Ação foi batizada de Operação SentinelaRafaela Felicciano/Metrópoles1

Ataques pelo país

Segundo as apurações da DRF, os cinco suspeitos teriam facilitado pelo menos três ataques milionários a cofres da instituição financeira. No primeiro deles, em agência localizada no município baiano de Teixeira de Freitas, em 29 de novembro do ano passado, foi furtada a quantia aproximada de R$ 1 milhão.

Três dias após a empreitada, parte do grupo foi detida no aeroporto de Porto Seguro, na Bahia, com R$ 760 mil em várias malas.

O segundo ataque ocorreu na região sul do país, na agência da Zona Industrial de Tupy, em Joinville (Santa Catarina), em 14 de abril deste ano. Na ocasião, três criminosos foram presos e outro morreu em confronto com a polícia.

A última participação dos cinco alvos presos nesta segunda foi no ataque ocorrido na agência de Anápolis, em Goiás, em 25 de abril deste ano, em plena pandemia do coronavírus, quando foi furtada a quantia de R$ 924 mil.

Todos foram presos preventivamente por ordem do Juiz Titular da Segunda Vara Criminal de Brasília. A prisão foi decretada para fazer cessar a atividade da organização criminosa, diante do risco real de novo ataque milionário aos cofres da instituição bancária.

Outras suspeitas

Outros ataques suspeitos, ocorridos no Brasil nos últimos 10 meses, consumados e tentados, estão sendo checados pela DRF, em parceria com a instituição bancária. De acordo com diretor da unidade, delegado Fernando Cocito, os criminosos eram altamente organizados e usavam de toda a tecnologia disponível para protagonizar roubos cada vez mais seguros e sofisticados.

“São invasões complexas ao sistema de monitoramento, de difícil aferição em tempo real e que podem permitir a facilitação da subtração de milhões de reais, não apenas em agências, mas também em locais de guarda de valores da instituição bancária”, explicou.

Segundo o delegado, a operação foi deflagrada antes de um novo roubo, que poderia resultar em mais um prejuízo milionário.

“Havia o perigo de um novo e milionário ataque era real, dada a expertise dos suspeitos, a pluralidade de senhas e matrículas envolvidas e o tipo de manipulação, ainda nova para a instituição bancária. Houve uma grande parceria com o banco, que robusteceu as investigações da DRF”, observou.

De acordo com a PCDF, os integrantes do grupo são originários de Joinville e já cometeram crimes no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás. Os envolvidos, há alguns anos, mudaram-se para o Entorno do Distrito Federal. A organização criminosa já havia sido presa em 2013 pela Polícia Civil do Mato Grosso do Sul. O bando ficou conhecido, à época, como a “Quadrilha do Guarda Sol”, em razão da atuação com guarda-sóis, que burlam os sensores de presença.

A reportagem questionou a empresa Confederal sobre o caso e aguarda retorno.

fonte:

Na casa de um dos suspeitos, em Ceilândia, foram apreendidos 12.350 euros e 7.400 dólares, o que equivale a cerca de R$ 116,6 mil Metropolis

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