Marcelo Sorriso: “O prefeito tem que ser plural e não singular”

Em um cenário de indefinição quanto às datas das eleições de 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus, ainda sim surgem vários nomes interessados em concorrer aos cargos eletivos de prefeito e vereador pelos mais diversos motivos. Um deles é o do cirurgião-dentista conhecido como “Marcelo Sorriso”.
Em uma página que mantém na internet, o pré-candidato pelo PSD à prefeitura de Valparaíso de Goiás se define como “um homem de família que cuida de famílias”. Ele é mineiro de Uberaba, casado e tem dois filhos.
“É a primeira vez que estou me candidatando e coloquei meu nome à disposição da comunidade porque empreendo no município e a cidade onde constituí minha família”, afirma. Para ele, Valparaíso “carece de muitas necessidades, seja na saúde, na educação” e suas bandeiras, segundo o profissional de saúde, são “a inclusão social e a educação inclusiva”.
“Tenho uma criança autista em casa e eu acho que é uma causa nobre e uma de nossas bandeiras”, defende. Diz que sempre se identificou “com a região metropolitana [Entorno] do Distrito Federal por ser ‘cidade-dormitório’”. “Peço, para que cada um, a sua volta, valorize o comércio local, porque assim vamos gerar mais empregos e fazer com que nossa cidade tenha uma renda mais justa e igualitária”, destaca.

Na avaliação de Marcelo, as eleições municipais de 2020 serão diferentes por conta da pandemia do Covid-19. “Primeiro, essa eleição será muito curta, assim como a de 2018 e também será uma eleição muito digital, com menos corpo a corpo e onde o candidato que demonstrar compromisso e fidelidade terá o reconhecimento da população”, conclui.
Para Marcelo, toda a região do Entorno Sul, que tem mais de 1,2 milhão de moradores, precisa de mais atenção em diversas áreas, como saúde, transporte, infraestrutura e educação. E na opinião dele, o prefeito “tem que ser plural”. “A arrecadação do nosso município é 40% são tributos e os outros 60% são emendas parlamentares. Então, aquele prefeito que só fica dentro da sua cidade e não busca emendas vai ter muita dificuldade de administrar”, avalia.
Segundo o pré-candidato, Valparaíso precisa ter a “alta complexidade na saúde local”. “É interessante ter um hospital desse porte porque nossa cidade é a sétima maior do estado, 10º PIB e 200 mil habitantes e temos demanda para isso”, ressalta.
Marcelo elogia a atenção básica à saúde, a qual ele classifica como “eficaz” e diz que “algumas coisas que funcionam bem, o sucessor deverá manter”. Já na área da educação, é preciso “ampliar o número de salas de aula e a questão da educação inclusiva”.
Ao Jornal O Democrata, o cirurgião-dentista preferiu não tecer críticas à atual gestão do município, por acreditar que “quando a gente fica falando do governante atual, a gente esquece-se de falar dos nossos projetos”. Mas disse que, quando assumir, focará “em uma gestão técnica e não formada somente por pessoas que o ajudaram no período de campanha”.
“Eu acho que o prefeito acertou em muitas coisas, mas, no desenvolver da cidade, deixou a desejar”, pontua.
Sua única promessa, no entanto, seria “fidelidade e compromisso”, pois, nas palavras dele, “as pessoas estão cansadas de apenas promessas”. “Mais do que isso, independente de ideologia, se você tem um cidadão que é competente naquela área, mesmo que ele seja de um lado contrário a você, convide-o, porque, com isso, ganha a cidade”, finaliza.