PSB perde uma senadora, mas pode ganhar outra

Mesmo se migrar para o Cidadania, projeto em andamento, a senadora Leila Barros (DF) tem um trunfo para buscar apoio do PSB diante de uma possível candidatura ao Palácio do Buriti. Se ela conseguir se eleger, a sigla ganhará uma senadora totalmente identificada com o grupo do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB): a ex-secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão Leany Lemos, suplente de Leila e hoje presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BNDE), instituição voltada para ações relacionadas ao Rio Grande do Sul, ao Paraná e a Santa Catarina.

Direção nacional do PSB quer ir à Justiça
Hoje, a tendência é de rompimento do PSB com a senadora Leila Barros. Se o partido perder a ex-atleta das quadras de vôlei, ficará sem nenhum representante no Senado. Por isso, a direção nacional da sigla cogita adotar medidas judiciais de punição. Em cargos majoritários, não há como perder o mandato, mas é possível cobrar contribuições partidárias previstas no estatuto que estejam atrasadas — ou que nunca foram cobradas.

Vice do Reguffe?
Uma das opções de Leila Barros é concorrer ao Palácio do Buriti como vice do senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF). Os dois são bem afinados nas votações no Senado.

PSB terá candidato próprio
O ex-governador Rodrigo Rollemberg diz que, se Leila se desfiliar, o caminho do partido será lançar outro candidato ao GDF. “O PSB não apoiaria a Leila fora dele. A gente fica em uma dificuldade muito grande de apoiá-la, porque não vê nenhuma razão objetiva para ela sair do PSB”, disse Rollemberg. “O caminho do PSB será lançar um candidato próprio”, acrescentou.

Troca-troca
Pode haver uma troca de figurinhas entre PSB e Cidadania. Leila Barros sai do partido de Rollemberg e entra no Cidadania que, por sua vez, perde o ex-secretário de Educação Rafael Parente para a legenda.

Lições na traição

O superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira, postou uma mensagem enigmática no Twitter: “Na política e na vida, a lealdade é um traço do caráter. Quem trai um parceiro hoje para se aliar a outrem, em breve, abandonará o novo aliado. Lições da política e da vida”.

Elogio ao irmão
Ao explicar o conteúdo da nota, Valdir Oliveira disse que estava apenas inspirado na conduta do irmão, o ex-deputado Chico Leite, sua referência de um homem público. “Lealdade é traço de caráter. Não se pode ser desleal, mesmo que a raiva queira lhe levar a isso. Só se muda de posição se mudar o princípio. Isso, ele me ensinou desde sempre”, disse Valdir.

Críticas e parceria
O elogio pode parecer óbvio em se tratando de irmãos, mas a relação política dos dois estremeceu na época da campanha, quando Chico, candidato ao Senado, se sentiu traído pelo então governador Rodrigo Rollemberg (PSB), por ter apoiado e apostado na candidatura de Leila Barros ao Senado em 2018. Chico, que concorreu na chapa de Rollemberg, nunca perdoou. Então secretário de Desenvolvimento Econômico e amigo de Rollemberg, Valdir permaneceu ao lado do candidato a governador. Fez suas críticas e seguiu em frente.

fonte:

CB Poder

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