Festival Micarê traz clima de carnaval para fim de semana de brasilienses

Musicalmente, Brasília viveu na década de 1990 um período de grande efervescência proporcionada pela axé music, gênero musical originário de Salvador, que aqui chegou e passou a ser consumido freneticamente, principalmente pelos jovens. Isso foi amplificado com o advento da Micarecandanga, nome dado na capital à festa de rua que teve origem em Feira de Santana (BA).
- Um time forte de músicos baianos anima a folia do Festival MicarêAgência Torre Digital/Divulgação
A maioria dos foliões brasilienses, com o intuito de simplificar, passou a chamá-la de Micarê. As três primeiras edições do carnaval fora de época, entre 1992 e 1994, ocorreram na Esplanada dos Ministérios. Depois, de 1997 a 2000 passou a ser realizado no Eixo Monumental, com percurso entre a Torre de TV e o Centro e Convenções Ulysses Guimarães. Já no formato indoor, nos anos seguintes, teve como cenário o Autódromo Nelson Piquet.
“Na verdade, a micareta surgiu em um momento similar ao que vivemos. No início dos anos 1990, houve uma endemia em Feira de Santana e a cidade baiana não pôde promover o carnaval, que só viria acontecer, meses depois. A folia, que veio a ser chamada de micareta, acabou sendo importado por outras cidades brasileiras como Fortaleza, Natal e Brasília”, lembra Marcelo Piano, criador da Micarecandanga com Sérgio Maione.
Com a energia represada, por conta da pandemia da covid-19, os foliões brasilienses poderão extravasar durante o Festival Micarê, que um pool de produtores locais promoverão neste final de semana. Nesta sexta-feira (29/4), às 21h, na abertura, haverá o Esquentarê,— evento de palco — no lounge da Arena BRB Mané Garrincha, com shows dos artistas candangos Adriana Samartini e Thiago Nascimento e dos cantores baianos Durval Lelys e Saulo Fernandes.
A micarê, com trios elétricos, movimentará a Arena BRB, no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, sábado (30/4), com início às 15h, tendo como atrações Rfa & Pipo, Bell Marques, Banda Eva e Timbalada. No domingo (1º/5), também a partir das 15h, se apresentarão Filhos da Bahia, Durval Lelys, Bell Marques e Tuca Fernandes.
“Fiquei muito feliz quando soube do pedido dos fãs para que eu tocasse mais de um dia no Festival Micarê, destaca Bell Marques. “Esse retorno à agenda de shows tem sido muito especial. Estou muito animado, ainda mais sendo em Brasília, cidade que me recebe sempre com muito carinho e onde vivi histórias bacanas e construí ótimas relações”, acrescenta.
Tuca Fernandes, ao falar sobre o retorno aos shows diz: “O sentimento é de saudade de tudo de bom que já vivi. A música da Bahia acende essa memória bonita, assim como a volta a Brasília para cantar no Festival Micarê”. Felipe Pezzoni, vocalista da Banda Eva, também deixa claro a alegria por voltar a se apresentar na capital. “Para mim é só felicidade a retomada das micaretas. Participar do Festival Micarê em Brasília traz em mim a vontade acumulada de celebrarmos novamente a vida. Não vejo a hora de subir no trio!”.
Festival Micarê
Nesta sexta-feira (29/4), às 21h, no lounge da Arena BRB Mané Garrincha, Esquentarê, com shows de Adriana Samartini, Thiago Nascimento Durval Lellys e Saulo Fernandes. Ingressos para área única: R$ 146.
Sábado (30/4), às 15h, na Arena BRB Mané Garrincha, com Raf & Pipo, Bell Marques, Banda Eva e Timbalada. Atrás do trio: R$ 187; camarote: R$ 308.
Domingo (1º/5), às 15h, na Arena BRB Mané Garrincha, com Filhos da Bahia, Duval Lelis, Bell Marques e Tuca Fernandes. Atrás do trio R$ 165; camarote R$ 286. Obs: Valores referentes a meia- entrada, que podem sofrer mudanças no valor sem aviso prévio. Não recomendado para menores de 16 anos.
Oswaldo Montenegro em casa

Oswaldo Montenegro é um artista estradeiro, daqueles que emendam uma turnê com outra. Em março de 2020, ele iria dar início a mais uma excursão, mas teve que adiar por causa da pandemia da covid- 19. Com a flexibilização determinada pelas autoridades sanitárias, o cantor e compositor se animou e, no fim do ano passado, voltou a botar o pé na estrada com o show Lembrei de nós, que chega hoje a Brasília, para apresentação às 21h30, no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Sabidamente workaholic, Montenegro está sempre envolvido com algum projeto. Ele conta o que fez durante a quarentena.”Além de longas caminhadas diárias, para arejar a cabeça, gravei novas canções, desenvolvi projetos audiovisuais e assisti a documentários sobre assuntos variados, para que minha alma pudesse acreditar que o mundo não tinha parado”.
Em Lembrei de nós, o menestrel tem a companhia no palco da banda formada por Madalena Salles (flauta e teclado), Sérgio Chiavazzoli (violão, guitarra e bandolim) e Alexandre Meu Rei (baixo). O repertório traz clássicos da obra do compositor como A lista, Bandolins, Estrelas, Léo e Bia e Lua e flor, às quais se juntam algumas músicas novas, tais como Não há segredo nenhum e a que dá título ao espetáculo “Retornar aos palcos é como retomar a única forma de vida que conheço; e voltar a Brasília é como voltar para casa, o que é sempre bom”, ressalta o artista. (IRL)
Lembrei de nós
Show de Oswaldo Montenegro e banda hoje,às 21h30, no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Ingressos: De R$ 60 a R$ 800, à venda pelo hhp//entretickets.com.br/evento/45/oswaldomontenegro. Classificação indicativa livre.
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