O jovem de 16 anos atingido com um tiro na perna durante uma briga de trânsito no Jardim Botânico, na noite dessa terça-feira (22/11), está em estado grave e corre o risco de perder os movimentos da cintura para baixo. A informação foi divulgada ao Metrópoles pelo irmão da vítima. “Corre o risco de não andar mais”, disse o mecânico Ícaro Ribeiro. A vítima passará por uma segunda cirurgia, para tentar retirar a bala, que ainda está alojada no fêmur. O policial militar que efetuou o disparo contra o menino foi preso em flagrante.

“Ele fez a cirurgia ontem, mas não conseguiram tirar a bala. Vai passar pelo procedimento novamente ainda hoje. A bala atingiu o fêmur e osso da perna quebrou”, informou o irmão do rapaz, Ícaro Ribeiro.

O garoto está internado no Hospital de Base do DF (HBDF). Segundo Ícaro, o irmão sofreu fratura exposta. O policial militar acusado de efetuar o disparo contra o jovem passará por audiência de custódia nesta quarta.

Segundo o irmão do jovem baleado, a confusão teria começado após o policial acusar a condutora de uma moto de ter colidido na traseira do veículo dele. Toda a discussão foi filmada. No vídeo, o homem aparece gritando com um grupo de pessoas em frente à entrada do condomínio Solar de Brasília, alegando que a jovem não poderia deixar o local.

Veja momento da briga

O PM imobiliza a menina, com um golpe popularmente conhecido como “mata leão”. Em reação, as pessoas presentes partem para cima dele e tentam ajudar a garota a se soltar.

“O policial tinha pedido para minha irmã chamar algum responsável, que tivesse carteira de motorista, para ir ao local. Fomos eu, nosso pai, meu irmão e um tio encontrá-la. O policial ficou nervoso e não queria deixar ela ir embora depois que nós chegamos. Foi aí que partimos para cima dele, e ele disparou contra o meu irmão”, relata Ícaro Ribeiro.

Nesse momento, ele saca a arma de fogo e começa a atirar no meio do grupo. Um dos disparos atingiu o rapaz, sem camisa, que cai no chão ferido.

O homem continua segurando o revólver, enquanto é confrontado por outras duas pessoas. Um deles chega a gritar: “Atira em mim” e avança em direção ao policial, que estava à paisana. Alguns outros envolvidos no conflito pedem calma e acusam o suspeito de ter “matado o rapaz”.

O caso é investigado pela 30ª DP (São Sebastião). A Polícia Militar do DF (PMDF) ainda não se manifestou sobre o ocorrido e não divulgou o nome do policial envolvido.

Justiça mantém prisão de PM que atirou em adolescente após briga no DF

O policial militar Eguinaldo José de Souza Júnior, 41 anos, – preso em flagrante, na noite desta terça-feira (22/11), após atirar em um adolescente de 16 anos durante uma briga de trânsito – teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na manhã desta quarta-feira (23/11), após audiência de custódia. O caso ocorreu em frente a uma padaria, no Jardim Botânico, no Distrito Federal.

Segundo a juíza, a prisão preventiva do autuado, se faz necessária para o resguardo da ordem pública. “O caso é de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva ante a gravidade em concreto dos fatos. O autuado é militar. Na suposta abordagem aos populares, valeu-se de atos de violência, sem se identificar como policial, demonstrando excessiva periculosidade para a comunidade local”, disse o magistrado.

“O desequilíbrio aparentemente demonstrado dá indicativos de vulnerabilidade da ordem pública caso seja solto. Desse modo, outras medidas cautelares não se mostram suficientes nesse momento ”, completou.

Segundo testemunhas, a confusão teria começado após o policial acusar a condutora de uma moto de ter colidido na traseira do veículo dele. Em uma gravação, o militar aparece discutindo com um grupo de pessoas em frente à entrada do condomínio Solar de Brasília, alegando que a jovem não poderia deixar o local.

Nas imagens, é possível ver o PM imobilizando a menina com um golpe popularmente conhecido como “mata leão”. Em reação, as pessoas presentes no local partem para cima dele e tentam ajudar a moça a se soltar.

“O policial tinha pedido para minha irmã chamar algum responsável, que tivesse carteira de motorista, para ir ao local. Fomos eu, nosso pai, meu irmão e um tio encontrá-la. O policial ficou nervoso e não queria deixar ela ir embora depois que nós chegamos. Foi aí que partimos pra cima dele e ele disparou contra o meu irmão”, relata o mecânico Ícaro Ribeiro, 18, irmão da vítima.
Nesse momento, ele saca a arma de fogo e começa a atirar no meio do grupo. Um dos disparos atingiu o jovem, que aparece nas imagens sem camisa. O rapaz cai ferido no chão.

O homem continua segurando o revólver, enquanto é confrontado por outras duas pessoas. Um deles chega a gritar: “Atira em mim”, e avança em direção ao sujeito armado. Alguns outros envolvidos pedem calma e acusam o suspeito de ter “matado o rapaz”.

O rapaz baleado foi atendido por uma equipe do Samu. Segundo o irmão da vítima, ele foi encaminhado para o Hospital de Base com uma fratura exposta na perna atingida e corre risco de não voltar a andar. O estado de saúde dele, ainda de acordo com o familiar, é considerado grave.

Procurada para comentar o caso, a Polícia Militar do DF disse, em nota, que o veículo ser atingido pela motocicleta, “três pessoas iniciaram a agressão ao policial, que na tentativa de cessá-las, e com o receio de ter sua arma tomada e utilizada contra si, efetuou dois disparos em direção ao chão, onde um veio atingir o menor de 16 anos na perna”.

A corporação disse, ainda, que o policial teve o veículo apedrejado. Dentro do carro, estava o filho de Eguinaldo, que tem 9 anos. “A fim de se proteger, saiu do carro e tentou fugir das agressões. Os familiares ainda ameaçavam o policial dizendo para pegar uma faca para feri-lo”, explicou a corporação.

O caso é investigado pela 30ª DP (São Sebastião).

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